sábado, agosto 13, 2011

RITA SHIMADA COELHO



A POESIA DE RITA SHIMADA COELHO

EU SOU!

Sou bicho...Selvagem...
Do mato, do mar e das cavernas!
Sou ilha...Isolada...
A ostra que guarda a pérola...
Sou fera... Com ferida curada...
Indomada...
Sou onda avassaladora...
Sou desatrelada...Intempestuosa...
A queda no abismo escuro...
Sou profunda...
Caí...
Sou pluma pairando...
Não sou a mulher de mil faces...
Sou mil mulheres em um só corpo...
Mulher de fases...
A pretensiosa filha de Pessoa...
Intensa... Cega...
A mulher dos óculos escuros
Que Saramago poetizou...
A Ovelha Negra que Rita Lee cantou...
De casa me perdi...
Sou incógnita... Mistério...
Inconformista...
Sou o tapa na cara...
O contraditório... A louca...
Ninguém tão importante...
Alguém que não passa desapercebido...
A questão sem resposta...
Eu sou quem sou: um espírito livre!

AUTO-RABISCO
(Poesia de amor ou de dedicatória... Pra mim mesma, oras! Eu me amo mais que amo qualquer pessoa e dedico pra mim: tenho muito orgulho de eu, rs.)

Eu sou traços em formas inconcisas
Estranhas que criam entre riscos e linhas
Imagem destorcida imprecisa
Refletida nas atitudes tão minhas...

Sou a ilusão de ótica confusa
Visão psicodélica no tempo
De emoção variável difusa
Prisioneira de honorável templo...

Sou os rabiscos que refletem minha visão...
Sou as linhas que desconhecem limites...
Sou o doce que causa aversão...
Impossível é que me imites...

Sou a realidade que ninguém deseja
O retrato que esconde segredos...
Uma vontade que um sonho despeja...
Uma canção desafinada sem enredo...

Sou a que abraça, mas não suporta o toque...
A esponja que absorve todas as dores
Sou o incomodo que não há quem invoque
Uma flor de incertos odores...

Sou a que ama a distancia
E eleva nomes em oração...
Sou um bicho em eterna inconstância...
Sou o contínuo compasso do coração...

Sou a vela acesa derretendo...
Pequena luz que quer vencer a escuridão...
Limitada... Aos poucos...Desfazendo-se...
O atrevimento apreciador de solidão...

Sou a palavra dura que oculta amor...
Devoção pela vida, centelha divina...
Sou quem sem medo enfrenta a dor...
Sou corpo de mulher com alma de menina...

Sou aquela gargalhada vulgar
Ecoando exibida no meio da rua
Sou a graça sem graça ímpar
Sou a insana Alma Nua!

SPECULU – IMAGE REFLECTERE

Espelho meu...
Minha imagem refletida...

Eu invoquei a Morte
Para que enfim ela me arrebatasse...
Supliquei para que logo me levasse...
Cansada da falta de 'sorte'...

Eu caminhei por anos procurando...
Algo que pudesse me tornar mais viva!
Pois eu amo demais a vida...
Mas por ela seguia me arrastando...

Cansada de olhar o horizonte...
De esperar o que poderia não existir...
Esperando pela razão maior do meu sorrir...
Vigiando as estrelas à noite...

Vivi isolada, feito mulher das cavernas...
Sentindo-me como se aqui acabasse de chegar...
Seguia sem rumo...Folha seca a vagar...
Minhas noites eram eternas...

Eu acreditei por tanto tempo
E o tempo já me vencia...
Da espera desistia...
Cansada do lamento...

Eu necessitava desesperadamente
De um modo de poder me enxergar...
De me perceber para encontrar...
O amor desejado eternamente...

Tornei-me cacos de um espelho quebrado...
Cuja imagem destorcida não reconhecia...
E a cada dia mais me perdia...
Era um vaso... Por trincas... Rachado...

Estava tudo pronto para o último suspiro
Quando aquele "Sol" gigantesco surgiu...
Meu desespero sucumbiu...
Lembrei-me que eu respiro...

Foi um reconhecimento instantâneo...
O horizonte trouxe-me o que eu esperava...
Sol de vida que em esplendor brilhava...
Sem falso brilho momentâneo...

Meu espelho nítido e inteiro...
Onde só então pude me enxergar...
Fez por mim me apaixonar...
Descobrindo amor verdadeiro...

A luz era intensa assim...
Não apenas devido sua luz aquecedora...
Mas porque minha imagem se fez reveladora,
Quando em ti eu vi a mim!

CONTO DE FADAS ÀS AVESSAS

- Mamãe, me conta uma história pra eu dormir?

Ajeitando o cobertor felpudinho, cobrindo até o pescoço roliço, dando um beijo na testa e deitando ao lado:
- Voooocêêê... Estááá pronto?

Um sorriso se escancara mostrando janelinhas e porteiras:
- Tooooo!

Virando-me de lado e o encarando, mantendo uma das mãos livres para encenação:
- Apertem os cintos senhores passageiros...E lá vai nóis! Era uma vez, né?

Uma gargalhada ecoa dando vontade de morder:
- Calma! Economiza a risada, nem comecei!- rindo.

"Era uma vez, né? Em uma linda cidadezinha do interiorrr bem, bem lonjão havia uma menininha branca como a neve que usava um liiindo capuz vermelho e tênis All Star. Ela bem que queria sair com os sapatinhos de cristal, mas a mãe da menina disse que só em dia de missa..."

Meu filho me olha como quem diz: "- Hein? "

"Ela estava perturbando a vida tranqüila da borboleta que voava de flor em flor, quando sua mãe berrou:
- Fofaaa! Criaturaaa!Minha riquezaaa! Coming, please!"

Sorrindo: '- O que isso mamãe?'

Gesticulando com o braço estendido que vem de encontro ao pequeno narizinho: - 'É: Veeeeeeeeeeeenhaaaa!'

-Viu? O senhor vossa excelência me permite continuar?
O sorriso é uma resposta positiva.

- Continuemos... " Coloque o capuz vermelho porque vai esfriar, pegue o guarda-chuva porque vai chover, pegue aquela cesta maior que você em cima da mesa e, vá até a casa de sua avó levar o lanchinho da tarde pra ela... (Mãe gosta de mandar, né?)

- Helooo, mamãe! Como vou levar tuuudo isso até lá? -falava mascando chiclé- E a senhora sabe muito bem que a vovó esconde comida pra todo lado, onde vai o regime dela desse jeito? Não podemos reduzir essa cesta não?

A mãe olhando para cesta e para a menina bocuda retirou apenas algumas guloseimas que dariam apenas para um lanche (não para uma janta), colocou numa cestinha menor e entregou a filha:
- Não esqueça de olhar para os dois lados antes de atravessar a estrada, o Coelho Maluco pode te atropelar de novo... E nada de pegar atalhos!"

- E foi-se embora estrada à fora a baixinha do capuz vermelho... Já dormiu?

Rindo: - Não, conta o resto...

- Tá! "E lá ia a baixinha cantando "I will survive, I will survive...", pegando uma flor aqui, outra lá, quando o caminho se abriu em dois: um era a estrada mais longa, e outra um atalho... Lembrando que atalho são os caminho que fazem a gente chegar mais rápido! Ela pensou: '- Minha mãe não tá vendo mesmo...'- e seguiu pelo atalho.
Nisso as nuvens ficaram negras - engrossando a voz - se embolavam e o tempo fechou - arregalando os olhos - e a baixinha pensou:- Ufa! Ainda bem que peguei o atalho, vai cair um mó toró!"

- Já dormiu?

- Não, e ai?- rindo.

- Ai né, Ela ia pelo atalho, vez ou outra metia a mão dentro da cesta e fazia uma boquinha, sacumé...

A pequena boquinha rosada de abre numa gargalhada.

- De repentimente, ela encontra com uma Ovelha fofa no meio do caminho que pergunta: '- Mééé, menina bonita, poderia me dizer onde é a estrada dos Carvalhos?

- A menina mede a Ovelha da cabeça aos pés, dos pés a cabeça: '- Olha, to com pressa e minha mãe me disse pra não falar com estranhos.' - e seguiu resmungando enquanto a Ovelha ficou sem compreender: '- Ham, tá pensando que sou boba? Sou muito da esperta! Tenho certeza que era um Lobo disfarçado de Ovelha!'

- Hahahahahahahahahahahaha! Mais! Mais!

- Genteeee, você não dorme menino? Não quer ouvir uma canção japonesa?

- Não, quero historinha!

- Tá bom... Onde eu estava...Ah, sim... "E foi indo ela quando viu ao longe um Lobo tropeçando desengonçado numa pedra e caindo de joelhos. A menina esperta de capuz vermelho correu pra ajudar:

- A dona Ovelha, a senhora se machucou? O Lobo olhou assustado para menina e ofendido já abria a boca para responder quando a menina o interrompeu:

- Deve ser difícil pra senhora nessa idade usar esses disfarces de Lobo... Mas o mundo anda tão perigoso, né? Agora mesmo passei por um Lobo disfarçado de Ovelha... Olha que mundo nós estamos...

- O Lobo já ia se irritar quando sentiu aquele cheirinho bom que vinha da cesta..." Já dormiu?

- Hum, hum...

- Presta atenção como as pessoas do mal fazem de conta que são do bem, oh...

- O lobo entrou no jogo da menina: '- Você vê criança, como é a vida...Obrigada pela ajuda viu? Mas o que uma pequena criança tão linda faz caminhando por esses lados uma hora dessas?

- Eu vou levar o lanchinho da tarde pra minha avó.

- Ah, mas é muito perigoso, está longe?

- Nada, logo depois daquela curva ali... (obs: ali de mineiro)

- Então, dona... Tenho que ir logo, a senhora tá bem né?

- Sim, sim, obrigada...- e o Lobo ficava olhando a menina se distanciando, para então segui-la... Ai que medo né?

- Hahahahahaha, não...

- Deve ter caído uma lagartixa no seu prato na hora da janta, que tanto ri?... Ai né?
Chegando lá... Capuz vermelho ficou assustada com o que viu: haviam mais 3 casas vizinhas a casa de sua avó! E pensou: '- Que horror! A civilização já tá chegando aqui... Daqui a pouco a floresta tá toda invadida!'

Chegou na porta da casa da avó e bateu. Uma pessoa que ela nunca viu antes atendeu: - Pois não...

- Cadê minha vó? O que você tá fazendo na casa dela?

- Dona Filomena? É sua avó? Ela se mudou ali para aquela casa do lado... A de alvenaria... E resolveu alugar esta aqui...Vá lá, ela está em casa...- e bateu a porta.

- Gente! Não to entendendo...Porque o mundo me parece tão louco? Minha avó alugou a casa?

- Hahahahahahaahaha! Mamãe, quando a Chapeuzinho descobrir que você mudou os contos de fada...

- Ah, você não vai contar pra ela né? Olha que não conto o resto...

- Não conto não, hahahahahahaha!

- Então tá! E foi a baixinha na casa de alvenaria... Alvenaria é que nem a nossa, tá?
Só que aquela era toda moderna chic e ostentosa...Não bateu palma porque tinha interfone, que a menina apertou morrendo de medo daquilo morder...

- Quem é?

- Vó? Sou eu, vim te trazer seu lanchinho da tarde...

Abriu-se a porta de madeira toda talhada, e surgiu uma velhinha de calça de couro e regata preta:

- E aeeee, princesinha da vó? Tudo a pampa?

- Aaaahahahahahahahaha!

- E tipo... A Capuzinho ficou imóvel, deixou a cesta cair junto com o queixo e arregalou os olhos assim - ( fazendo a cara de Chapeuzinho).

Nisso meu filho mais velho entra e pergunta:
- O que esse menino ri tanto?

- To contando histórinha...

- Ah, quero ouvir também...

- Você já não esta´grande demais pra isso?

- É aquela que você mistura todas as histórias?

- É...

- Então não to, conta!

- Mamãe, porque você mistura as histórias?- pergunta o pequeno.

- Pra quando acabar uma, ninguém me perdir pra contar outra.

(Não continua! A história rendeu muita mais, mas é looongaaa...O que importa é o resultado: de tanto rir, até que enfim ele cansou e dormiu!)



FORA DOS PADRÕES

Nossa relação é uma incógnita...
Somos uma coisa assim meio irmãos, meio amigos...
É fato, pois nas adversidades o apoio mútuo fez-nos irmãos,
E nos conflitos pessoais, amigos!

Somos um casal estranho...
Não andamos de mãos dadas pelas ruas...
Não trocamos beijos em público nem sozinhos...
Beijos... Não há como ficar só neles.

Não há o 'eu te amo'...
Não há floreios, corações estalando e nem suspiros incontidos...
Há o olhar que tudo diz...
Há o ato que prova tudo...

Somos Sol e Lua...
Preto e Branco...
Terra e Céu...
O dito pelo não dito...

Comparsas, cúmplices
Que preservam suas intimidades,
E ora elas são pessoais, ora são de cada um...

Ás vezes, somos quase o que restou da Torre de Babel...
Quero o céu, ele quer o que está na Terra!
Amo a Alma, e ele ama o corpo...
Gana meu corpo...
Ele quer cada vez mais e pra mim tanto faz...
Ele é ambicioso e eu me contento com pouco...
Ele quer o melhor e eu estou bem com o que tenho...

Pra mim é o que está dentro, pra ele tem que estar fora...
Eu creio no Oculto, e ele no vísivel!
Sou espiritualista e ele cientista...

Devoto a Alma, e ele crê na matéria...
Eu quero os sentidos, ele quer minha boca!

Somos um casal estranho...
Não olhamos um para o outro mas,
Apesar de sermos tão diferentes,
Metades inteiras que não se completam,
Nos complementamos e
Olhamos juntos para a mesma direção...

Assim está bom...
Estou fora dos padrões, não sigo regras,
Não me encaixo na realidade, quero nadar contra a maré...
Quem poderia dividir uma vida comigo
Sendo eu assim tão fora do normal?

INQUIETUDE

Temo que o céu desabe sobre minha cabeça...
Desabarão as estrelas, as nuvens e os aviões,
Então me escondo...
Temo que o mar transborde e me afogue...
Engolirá os grandes prédios, as belas casas e as cidades,
Então, busco a mais alta montanha...
Temo que as montanhas se desfaçam...
E soterre os mortos, os vivos e os mortos-vivos,
Então, busco o mais profundo abismo...
Temo que o abismo vomite...
Todo lixo, toda lava quente e toda fúria que esconde,
Então, não há mais lugar seguro...
Temo a vida onde vou morrendo aos poucos,
Temo a morte que me levará a vida...
Temo meus desejos,
Minhas fantasias,
Meus projetos
E minha sombra...
Temo minha inconstância
E minha inquietude
Que vai me transformando em inimiga de mim mesma.

COBIÇA

Arrumo desculpas para sair ao mundo...
Quero estar nos mesmos lugares que você freqüenta,
Abrandar a ansiedade que arrebenta,
Inquietação que submerge do profundo...

Olho para todos os lugares tentando descobrir por onde passaram os olhos teus...
O que te será belo? O que te prende a atenção?
No que pensas? Que rumo segue teus pés? Quais os desejos de teu coração?
Ah, se passo pelas mesmas ruas, teu olhar e tua face seriam meus...

Depois de mostrar-me que existes e ganhar a minha atenção,
Ganho um 'bom dia' e um 'boa noite' e agonizando-me testa...
Fingir não saber... Esperar... Ser indiferente... É o que me resta...
Mas meus pensamentos, a ti prostram-se, em devoção...

Fitas-me ao longe e finjo não perceber rindo alto...
A indiferença é meu laço que o aproxima de mim...
Assim, os dias e noites nunca mais têm fim,
Pois me impeço de chegar a ti em um só salto...

Que faço eu? Paraliso no tempo e imortalizo tua imagem...
Pois que tortura esperar, ser percebida, desejar... Desejo que agoniza...
Por tuas mãos firmes tocando-me os lábios, feito breve brisa,
E escapa-me um suspiro, tua face em meus olhos... Miragem...

Segredo inconfesso... O pecado da cobiça... Olhar discreto...
Aperto nos lábios... Dedos inquietos... Vontades reprimidas...
Respiração intensa... Curiosidade... Cenas na imaginação escondidas...
A dúvida... A confusão... A questão... Tão incerto...

QUERO

Quero minha vida de volta!
Quero meu espaço,
Observar onde fracasso,
Ficar bem longe desta revolta!

Quero meu lar doce lar,
Quero minha paz de espírito,
Com a desarmonia me irrito,
Estressa-me ver irmãos brigar!

Quero meus problemas diários,
Quero esquecer os dias e lembrar-me de olhar os calendários...
Usufruir do meu suor e hospedar a paz,
Continuar me superando, pois sou capaz!

Quero respirar e viver minha família,
Quero continuar a ser uma ilha...
Segurar com o coração o que lutei tanto pra ter,
Pra minha felicidade jamais se perder...

Quero distancia das maquinações e ciladas,
Quero manter bem firme minhas pisadas,
Preservar o que considero meu maior bem,
E não ser machucada por mais ninguém!

A CIUMENTA DOENTIA

Vou contar -lhes detalhadamente,
De algo que um homem abomina...
Da mulher, insana e demente,
Que com o ciúmes doentio se contamina!

É preciso ser bem mais que homem,
Para agüentar uma mulher assim...
Quando ela aparece, todos somem,
Ela é um tormento sem fim!

Mulher ciumenta é louca,
Vê traição em qualquer lugar!
Sua inteligência é pouca,
Faz escândalo, se põe a berrar!

Louca e ensandecida,
Grita palavras vulgares!
Sua baixa estima é percebida,
Por onde vá, em todos os lugares!

Diante dessas cenas vergonhosas,
O homem olha pro céu...
Pergunta-se entre insultos da escandalosa,
"-Porque não levantei antes o véu?"

“-Ah se eu soubesse antes do casório,
Que gato por lebre ia levar...
Evitaria esse purgatório,
Onde eu vivo a penar!"

Pobre do homem que se prende,
A mulher ciumenta, frustrada!
Nada do que ele diz ela entende...
Casar com essa foi com certeza cilada!

"Agora que notando bem...
Ela nem é tão bonita assim...
Nem educação ela tem...
"- Meu Deus, o que fiz pra mim!"

Quando uma bela mulher passa pelo casal,
Ela o braço do coitado começa a apertar!
Trinca os dentes, olha torto, vira um animal,
O pobre, cabisbaixo... Nem para o lado estava a olhar!

Mulher ciumenta doentia é um porre,
Daqueles de aguardente barata!
Ela mata uma ou morre,
Diante dela qualquer homem enfarta!

Pra ela não vale o contrato de casamento,
Nada de amor na morte ou na vida!
Ele não pode sonhar, ter amigos, divertimento...
E mesmo sendo chata, ser chamada de querida!

Ela perde a noção da realidade,
Suas atitudes provam a falta de limites!
Parece um bicho bufando, essa é a verdade,
É grossa, sem classe, pode ser que te imites!

Pois como sabe de sua inferioridade,
E de como é tão sem graça...
Imita as belas a quem pragueja maldade,
Finge ser forte, culta e ter raça!

Mas, é fraca... Deselegante...
É cega... Desclassificada!
Dela o homem se mantém distante...
Melhor a morte que mulher enciumada!

Pois um homem busca por uma mulher,
Inteligente, de finos modos, elegante...
Que em suas coisas não mete a colher,
Que seja segura, graciosa, e que viva radiante!

Que homem quer passar o resto da vida,
Com uma mulher ranzinza e chata?
O homem quer numa face esculpida,
Uma rainha que como um rei lhe trata!

Para você que tem uma besta assim...
Um conselho quero lhe dar...
Coloque nesse inferno um fim,
Procure uma mulher de verdade pra casar!



RITA SHIMADA COELHO – A escritora, cantora, compositora e artista plástica Rita Shimada Coelho é de origem japonesa nascida em São Paulo. É colaboradora do Via Fanzine, ex-ativista ciber, ativista e protetora dos animais, ou como ela mesma diz: “Sou um espírito livre e nada pode me prender!”. Ela edita os blogs Alma Nua e Fragmentos de uma vida. Seus trabalhos artísticos estão reunidos no Recanto das Letras, no YouTube, no Mural dos Escritores e no Clube Caiubi de Compositores. Veja tudo isso e muito mais dela no Crônica de amor por ela.

E veja mais novidades na Agenda da HomeLAM e os clipes do show Tataritaritatá no YouTube ou baixe todas as músicas gratuitamente na Trama.