sábado, setembro 18, 2010

POETAS DE SÃO PAULO



MARTA RODRIGUEZ

OS MEUS PRIMEIROS QUATRO POETRIX...

O caos

Arrasta-se moribundo
Vitima do caos ambiental
Que extinguirá o nosso mundo!

A nossa casa

Poucos são aqueles que se movem
Para manter o planeta
Com a saúde de um jovem!

A paz

A paz em ação
utando pela purificação

Dos corações alimentados pela ambição!

O amor

O amor humaniza a alma
Com a unção do bem querer
Trazendo-lhe a paz que acalma

ELA

Fruto da Terra
Suculento objeto do desejo
É fina e insinuante como um diamante,
É senhora de si, porém arrogante

É bela por natureza,
De criança a donzela
Tornou-se à mulher, devassa,

Amante

De face angelical, o olhar é fulminante
Os lábios cor-de-rosa são venenosos e provocantes
Dissipam um sorriso malicioso, delirante

A voz sensual deixa a mostra à língua afoita
Contornando a boca, deixando no brilho da saliva
O sabor exuberante da sedução,

Aquele que do seu cálice prova
Escravo se torna,

Pobre servo indefeso
Festeja em seu leito,
Desfruta da fruta gostosa, preso à teia

Ela é cruel,
Amordaça o infiel
Algema-lhe as mãos,
Devora-o por inteiro
Encaminha-o para as profundezas do desespero...

SIMPLESMENTE EU

Entre histórias de amor
Contos e fantasias, está a minha alma
Despida envolvida no fascínio pela escrita

Entre os mistérios do amor
E as viagens imaginárias
Esta o meu coração combinando letras
Em simples riscar de caneta

Entre versos nada reservados
Esta a minha voz em belas canções de amor
Revelando a minha forma de amar

Expondo as minhas manias
Não me envergonho de ser como sou
Sou assim, simplesmente o amor..

EU SOU A PAZ

Alguns temem a mim.
É natural, compreendo.
Seus corações ainda não evoluíram porque
ainda não se encontraram comigo...
Não temam...
Trago em mim uma força que não receia o perigo,
sou terna e silenciosa como um céu azul
num dia esplendoroso de verão...
Sinto que, aos olhos de muitos,
ainda sou diferente, como se eu fosse um monstro,
que as entranhas da Terra cuspiu
dando vida a uma semente oposta
às vontades do mal, que de uma árvore caiu,
germinou e se reproduziu,
trazendo consigo o perigo da união mundial.
Sim, posso até ser um monstro, na sua imaginação!
Sou uma criação divina e, vim em missão de paz...
Sou diferente, sim...
Sou um sentimento estúpido por amá-los demais...
Sou falsa e mentirosa,
um monstro repugnante e asqueroso
porque compactuo com a verdade,
a honestidade e sinceridade.
Porque semeio o perdão e,
porque sofro e choro por suas dores!
Aos olhos de muitos,
ainda sou um fruto maléfico espalhando o amor!
Sou indigesta para aqueles que não têm amor no coração.
Sou um monstro por ser uma arma mortal
contra a devastação humana, animal e ambiental!
Sou assustadora por ser branca como a neve,
por ser pura como a água e,
por possuir a calma dos anjos...
Para quem não me conhece, muito prazer;
- não sou um monstro!
Eu sou a Santa paz...
Abram vocês também os seus braços
para receberem a minha luz,
e em seus corações a paz...

O AMOR E O CAVALEIRO ARMADO

Se deseja ser o meu abrigo
não será se, fizer-se calado
como a um cavaleiro armado
sempre a postos a novos conflitos.

Mas, se quiser ser por mim, amado,
desmonte, baixe guarda, dispa-se da farda.
Venha a mim e estarei ao seu lado.
No jogo do amor, serei a sua espada,

o cavalo alado a levá-lo a voar...
A amada guia a trilhar os seus caminhos
o amor que só lhe quer bem-aventurado,

Num mundo real, onde a fantasia
só estabeleça entre você e eu, a paz.
Venha a mim cavaleiro, o amor por você anseia...

UMA HISTÓRIA DE AMOR

Contou-me um homem muito estranho de turbante na cabeça e vestindo uma túnica, que quem olhasse para o sol do meio dia em ponto, reviveria a passagem de um forasteiro apaixonado que perdeu sua vida pelas areias escaldantes do deserto à procura de uma escrava foragida que se perdera ao tentar atravessá-lo à procura de liberdade...

Então, ao meio dia atentei-me para o céu azul. O sol brilhava forte, e sob o calor escaldante eu o vi caminhando descalço na areia branca. O peito de fora e a calça dobrada até os joelhos, denunciavam o calor insuportável. O andar lento e desigual denunciava o cansaço eminente.

A sede era evidente, em seus lábios, as marcas de ressecamento deram lugar à pequenas fendas que sangravam.

Sob as noites estreladas, onde nada se via, apenas ouvia-se daqueles lábios, os gritos desesperados chamando-a, ecoando entre a imensidão do vazio da solidão.

Sob a luz do dia, o seu olhar perdia-se no horizonte, as pupilas delatadas denunciavam a fraqueza. Mas, ele não desistia, fome já não mais sentia. Apenas caminhava, caminhava, mesmo não vendo nada à sua frente a não ser, areia sobre areia. Ele caminhava incansavelmente, e a sede que sentia era de encontrá-la. Subia e descia por montanhas de areias fofas, que hora estavam aqui, hora ali, formando montanhas que iam para onde o vento as ordenavam desmarcando o caminho que antes ele havia marcado.

Até que em estado febril, o delírio passou a dominar-lhe os sentidos e os pensamentos.

Ao longe, ele avistou um lago, e nele, ela banhava-se nua, refrescava-se nas águas cristalinas de uma cachoeira que despencava em abundancia. Uma mulher de pele branca, de curvas perfeitas. Os olhos verdes como esmeraldas igualavam-se ao verde das folhagens ao seu redor. Nos lábios dela, um sorriso encantador convidava-o a banhar-se também.

- Um anjo sem nome! murmurou ele exausto.

- O meu anjo!

- Finalmente nos encontramos, meu amor! continuou ele estendendo-lhe os braços.

Ao lado de sua amada, um cavalo branco de asas saboreava daquela deliciosa e fresca água enquanto olhava-o com sarcasmo, e vez ou outra, relinchava provocando-o.

O desespero dominou-o ao vê-la montá-lo, e nua, sair a galope deixando-o para trás.

Os cabelos negros e compridos ao vento acenaram-lhe um último adeus.

No ímpeto do desespero, ele corre em sua direção...O solo escaldante treme!

A imagem desaparece...

- Ela se foi! grita ele, reunindo suas últimas forças...

Exaurido, ele ajoelha-se na areia quente e desiludido, chora!

Decepcionado com o seu fracasso, ele rende-se e deita-se, desfalecendo.

Algum tempo depois, o homem de turbante encontra-o. Mas, é tarde de mais, daqueles mórbidos lábios, apenas algumas palavras foram ouvidas:

- Oh Deus, o lago secou, e não saciei a minha sede!

- O cavalo se foi, e eu não pude me despedir do meu amor!

- A busca chegou ao fim, o meu sonho acabou!

SER TUA

Fazer de mim tua mulher
É absorver da vida o melhor.
É acreditar que a cada nascer do sol
A vida em mim, se completa...

Fazer de ti o meu mimo
É ter em meus braços a pureza
Do menino-homem que toda mulher quer.
É ser menina-mulher amada, sob as tuas vibrações...

Fazer de mim tua mulher
É partilhar dias e noites
De encantamentos sob a magia
De ser tua, apenas tua, do jeito que me queres

Fazer de ti o meu homem, o meu mimo,
É fazer de mim o ser feminino mais feliz.
É fazer de mim luz única,
Sob o teu amor, que jamais adormece.

Fazer de mim tua mulher
É eternizar-me em teu coração.
É viver uma real realidade que vai além da ficção
Tornando-nos para sempre, homem e mulher...

QUISERA EU, SER TUA

Quisera eu poder despertar todas as manhãs
ouvindo de teus lábios, o som.
Do teu coração, as batidas.

Quisera todas as manhãs eu pudesse sentir
de tuas ternas mãos, as caricias.
Dos teus beijos, as delicias do amor.

Quisera eu poder ser de todas as tuas manhãs
o sol que trás em sua magnitude
o calor da vida.

Das flores, ser eu, a essência
a despertar-te o interesse.
De todas as tardes, ser eu, o teu alento.
De todas as tuas noites, ser apenas eu, tua...

Quisera eu adormecer todas as noites
em teus braços, ouvindo a tua respiração
e o teu coração batendo sob os meus ouvidos
depois de um amor feito, perfeito...

Quisera poder ser eu, do teu céu, a Lua
bela e prateada entre as estrelas
recebendo da luz do teu olhar apaixonado,
todo o amor do teu mundo...

O PODER DE UM BEIJO

O silêncio se fez.
O beijo caloroso se eternizou, tornando-se ardente!
Os movimentos da língua dele percorrendo o interior da minha boca
repercutiam por todo o meu corpo como chicotadas de puro prazer
provocando-me sensações de arrepios e tremor.
Inebriada, sentia-me incapaz de distanciar-me.
Foi tão de repente que deixei-me entregue,
como uma selvagem aos cuidados do seu domador.
Num arfar desigual,
sentia os braços fortes dele aperta-me o corpo contra o seu,
enquanto uma de suas mãos acariciava-me a nuca soltando-me
os cabelos presos por uma presilha.
Agora a luta era de igual para igual.
Nossos corpos queimavam a medida em que as chamas do desejo
iam nos tornando cúmplices na troca recíproca de deliciosas caricias.
Sentíamos na carne a ardência daquele beijo, que nos excitava ainda mais...
Febris, faltava-nos o chão.
Faltava-nos o ar.
De súbito, ouvi o sussurrar ofegante daquela voz
masculina deliciosa implorar-me que deitasse no chão.
Aquele som ecoou em meus ouvidos como uma melodia de amor.
Sob o céu e a terra, ambos seremos as únicas testemunhas dos momentos
de prazer que ali se estabeleceu!

MARTA RODRIGUEZ – A poeta de Mogi das Cruzes. São Paulo, Marta Rodriguez, é autora do livro, “Coração – O Baú das recordações”, editado por Corpos Editora Portugal. É co-autora de diversas edições do Caderno Literário, editado por Pragmatha, e dos livros “Reflexões para Bem Viver” (Grupo Editorial Scortecci), da antologia: “Desde Todo el Silencio” Editado pelo Editorial Los Punõs de las Palomas Argentina. Ela escreve para Caderno Literário (Pragmatha) e em outras publicações como o Jornal de Tocantins Notícias. É membro de Poetas Del Mundo (Chile), de Los Punõs de Las Palomas (Argentina) e da Red Mundial de Escritores en Español (Remes). Ela também edita o blog Um Amor de Poesia e reúne vários de seus trabalhos literários no Recanto das Letras. Confira alguns dos seus versos eróticos no Crônica de amor por ela.

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