sexta-feira, fevereiro 20, 2009

FOLIA TATARITARITATÁ!!!



Gentamiga,
Vamos brincar este carnaval com muito frevo na Folia Tataritaritatá da Rádio Tataritaritatá!!!

Beijabrações e até 02 de março!!!!

Luiz Alberto Machado

OUTRAS DICAS:
LÍGIA TOMARCHIO – O sítio da poeta e escritor paranaense radicada em São Paulo, Ligia Tomarchio está comemorando hoje, dia 20 de fevereiro 5 anos de poesia e muita arte. Daqui os meus parabéns e muitas festas nos próximos séculos e milênios!

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GUIA DE POESIA

O TRÂMITE DA SOLIDÃO



Foto: Derinha Rocha.



Imagem: Mar de Deus, de Dulce Maria D´Assunção.

TERÇA-FEIRA

Luiz Alberto Machado

Toda noite ali na minha visão esquálida de poeta amotinado e cortejando a vida na catarse de Gismonti

Todas as noites tal como o mar que nunca dorme a perseguir um grande amor

Todas as noites no cálice da agonia onírica dos casais dançando no menir do navio e seus namorados contornando o dólmen das fadas

E eu só a remover do labirinto febril a meio caminho da loucura

Todas as noites ali no meio da lua cheia que é tão fêmea

Ah, como é tão imprudente semear o insopitável amor perdido que é pernicioso e não se pode evitar nem repelir

Ah, todas as noites nesta longa noite longa onde é maior a solidão - um cobertor de inefável sonho

Ah! Quantos sonhos eu vi acabar e valeram iludir?

Que sei agora? Que sei de mésons, de pobres rhesus? Que sei da cidade perdida de Nko, no meio da selva africana, onde feiticeiros mortos reencarnam no corpo de gorilas amestrados? Pra quê exceder às necessidades coletivas? Que neurótico homo faber? Pra que renunciar da vida? E pra que viver?

Ah! Como eu vivo sonhando no interior das aberrações de Fellini sigo itinerante amaldiçoado e só por amor e é por este desejo que passo as noites em claro

Todas as noites nesta noite no inventário de quem sorri, na vigilância de quem ama, na insônia de amar

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PRIMEIRA REUNIÃO
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quinta-feira, fevereiro 19, 2009

DULCE MARIA D´ASSUNÇÃO & DICAS TATARITARITATÁ



ARTE

Dulce Maria D´Assunção

Minha arte de escrever
É querer escrever
De tudo que penso
É ter a vida
Diante dos meus olhos
É viver sempre
E novamente com sonhos!

E de repente tudo que penso
É querer escrever,
É ter a vida, e continuar
Escrever e sonhar ou não sonhar
Rascunhar folhas em branco
Com doces palavras
Ou com amargas decepções
São vidas...é viver!

É um bem querer
De quem eu quero bem
De pensamentos e sonhos
Imagens nos meus olhos
Imagens soltas
Imagens desfocadas
E não localizadas!

Nos pensamentos distantes
Que se aproximam e passam por mim
Vem ao meu encontro
Se traduz parte dos sonhos
Dos encontros e dos desencantos
Dos recomeços de longos começos!

Dulce Maria DAssunção
Bsb 05/05/2001

Arte de ser

São tantas formas iguais
Formando formas diferentes

Há pessoas que são sensíveis ...eu
Há pessoas que são adoráveis...você
Há pessoas que são artistas...nós
E há quem agradece a deus... todos!

Por mim escrevo e desenho
A arte é o meu viver
É tentar passar os sentimentos
Telas tintas, papeis e cores
E no mundo externo
Se soltar intuições
Leve e solto... amor
Com cores diversas... gemidos
Entre contornos texturas...prazeres
Deixar tocar... esculpir
Escrever sonhar...é voar
Deixa-se levar... loucuras
Imaginação
Me faz ficar e viver...
Olhar e sentir
E me soltar
Arte de ser!

DULCE MARIA D´ASSUNÇÃO – a premiada artista plástica, artesã e poeta Dulce Maria D´Assunção, desde 1980 de exposições de pinturas individuais e coletivas em Paris, Brasilia, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo, além de ministrar e participar de oficinas de artes e projetos. Já recebeu diversos prêmios nacionais de escultura, pintura e artes visuais. Ela edita os blogs Artes dAssunção, Pinturas dAssunção e Pensamentos, sonhos e vida.



POETA, MOSTRA A TUA CARA - VII CONGRESSO BRASILEIRO DE POESIA – Todos os poetas estão sendo convidados para participar do CONGRESSO BRASILEIRO DE POESIA, do POESIA NA ESCOLA consiste na publicação da Coleção “POETA, MOSTRA A TUA CARA”, uma antologia que terá neste ano de 2009 publicado o seu volume 6. No ano de 2008, foram entregues para a Biblioteca Castro Alves distribuir às escolas do município 600 exemplares dos volumes 5 e a previsão é de que este ano possamos chegar aos 1.500. A exemplo do ano passado, a antologia será publicada com antecedência, para que chegue às escolas no máximo no início do mês de agosto, possibilitando assim que os alunos possam conhecer um pouco do trabalho dos poetas que vão estar no evento em outubro. A antologia é aberta para todos os poetas que queiram participar. O lançamento oficial da antologia será na noite do dia 8 de outubro, dentro da programação oficial do XVII Congresso Brasileiro de Poesia. Info: Cláudia Gonçalves Coordenadora de Publicações Proyecto Cultural Sur/Brasil Curadora do site almadepoeta.com Projeto Livro na escola http://cacauentrelinhas.blogspot.com/

CILDO OLIVEIRA - O Espaço Porto Seguro Fotografia informa que no período de 19 de fevereiro a 22 de março de 2009 estará aberta ao público a exposição Urbanos, um recorte do Acervo Porto Seguro Fotografia com obras de sua autoria, sob a curadoria do artista plástico Cildo Oliveira. Produção Prêmio Porto Seguro Fotografia

GARGANTA DA SERPENTE: 10 ANOS – O prestigiadíssimo sítio Garganta da Serpente está comemorando 10 anos de existência. Desde Louis Pierre - o primeiro habitante, hospedado em 12/03/99 - até os últimos autores publicados em 11/02/09 (Arth Silva, D.M.Malkavian, Flávia Kay, Francisco A Boscatto, La Picta, Marcio F. Monteiro, Rosele Ramos e Sarah Jorge), são 1.950 poetas com 10.461 poemas, 1.914 contos, 322 cronistas com 4.186 crônicas, 132 cordéis, 196 artigos. Lá o visitante encontra as colunas Pergaminho dos Répteis, Adoradores de Serpentes, As Escamas da Serpentes, Sala das Najas, A Toca da Serpente, Veneno Crônico, Artigos Envenenados, Cobra Cordel, Encantadores de Serpentes, Contos de Coral e muito mais. Para visitar a Garganta da Serpente é só acessar: http://www.gargantadaserpente.com

20 X 2 = ARTE - Em virtude do sucesso de público, a mostra de artes visuais 20 x 2 = ARTE, instalada no Museu Palácio Floriano Peixoto em Maceió foi prorrogada até 21 de março. Após receber 1.700 pessoas no período de dezembro de 2008 a janeiro de 2009, a mostra volta a ser exposta para que o público possa apreciar as obras dos diversos artístas entre eles: Acheis Escobar, Celso Brandão, Delson Uchôa, Fredy Correia, Lula Nogueira, Maria Amélia Vieira, Martha Araújo e Persivaldo Figueirôa. No carnaval, os horários de visitação vão das 13 às 17h (segunda/terça/ e quarta/cinzas). O Museu funciona normalmente, de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas. Outras informações: (82) 3315-7874.

JEAN NARCISO & EXCURSÃO INCÓGNITA – Depois de A Lupa e a Sensibilidade (2002) e 75 ossos para um esqueleto poético (2005), o escritor, professor e editor baiano Jean Narciso lança seu livro de poemas, Excursão incógnita pela Editora All Print. O livro traz 75 poemas e foi resenhado pelo Doutor em Literatura Portuguesa da USP, Luciano Melo. O estudou filosofia e pedagogia em São Paulo e especializou-se em Educação, é co-editor da revista virtual Anedota Búlgara e professor de Filosofia. Para melhor conhecê-lo acesse www.anedotabulgara.blogspot.com e www.poetajean.zip.net

OMAR FRANCO - Mineiro de Santa Rita de Caldas, Omar Franco vive desde 1969 em Taguatinga (DF), onde mantém ateliê em que é um misto de operário e artista. Ele explica que pega uma chapa grossa e desmancha em fitas de três a seis metros de comprimento, usando a mão, alavancas e uma calandra, até dar ao metal todas as curvas possíveis. Agora, o artista plástico faz doação de cinco esculturas à Biblioteca Nacional de Brasília. São esculturas de lâmina de aço oxidado retorcido, que ficarão permanentemente expostas no jardim suspenso do anexo de entrada na BNB. Às 14h desta quarta-feira, 18, Omar Franco vai entregar duas peças de sua coleção pessoal ao diretor da Biblioteca; Antonio Miranda, as outras três, por recomendação do artista, foram requisitadas por Miranda junto ao acervo da Secretaria de Cultura do DF, ao qual pertencem. As cinco obras, de 30cm X 3m cada, fizeram parte da mostra Esculturas Fáceis (2003) que, patrocinada pela Caixa Econômica Federal, circulou por vários estados do país. Algumas peças da série compõem hoje os cenários externos de instituições como o Museu de Arte Contemporânea de Mato Grosso do Sul e o Museu de Arte de Goiânia. Também em Brasília, suas esculturas metalizadas fazem parte da paisagem urbana e são vistas em diferentes pontos dos setores comercial e bancário, na Avenida W3 Norte, em shoppings e praças, prédios e esquinas. Mais sobre Omar Franco em http://www.omarfranco.com.br Biblioteca Nacional de Brasília Assessoria de Imprensa 55 61 3325.6257 Ramal 106 Visite: www.bnb.df.gov.br / www.bienaldepoesia.unb.br

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quarta-feira, fevereiro 18, 2009

POETAS DE SÃO PAULO



CIDA SEPÚLVEDA

CELA

Não há lugar
Nos seus olhos
Para os meus
Deslumbrados
Somos juntos
Dois distintos
Quase extremos
Nesta cela cidade
Infinidade de gestos.

PINTURA

Se pintasse
Pintaria teu mistério
De amarelos indefinidos
Como os dos girassóis d Van Gogh
O teu mistério
Cercado de conversas e tráfego
Lacrado com vidros
E ar condicionado
Se mescla ao meu
Atordoado de perguntas
O meu mistério
Cheira a manhã descabelada
A sêmen de amor
Desperdiçado
Misto de homem e palavra
O teu mistério me penetra
Discreto.

VOZ

Neste estreito caminho
Por onde versejo sentidos
Não cabem truques
Nem troças
Nele encontro seu olhar
E me deixo levar
Versejar e amar
Tênues instantes
De não calar.

OS FANTASMAS

A nua na rua
A praça espia
Estremeço – os faróis avisam:
Ela insinua
Os pés descalços feridos
Alcançam a praça
Os olhos fincados na cara – crateras
Formas e veios
Por onde escoam
O sangue e as preces
É bruxa é gente é falsa?
A nua espalha
Terror e desgraça
Quieta a praça aborta filhos inválidos
A lua me chama de volta
Os fantasmas se fazem de mortos.

PENETRAÇÃO

O lusco-fusco
Sua mão descendo devagar
Fecham-se os bares as roças
Silencio e calafrios na paisagem
Sua mão descendo devagar
Pelo corpo marcado
Inocente de liberdades
Não é mais caricia
É penetração germinal
Dor e imperícia
Neste instante
Levante de incertezas.

A VIAGEM

Os trilhos do trem
Na gengiva da terra
Bia se entope de ver
Nojo de gente
A mãe olha feio
Tem pressa
Não sabe afagar
Nasce o trem
Da neblina
Vem tremendo
Apita e precipita
Nariz cheio
Chupa
Sabe feio
A mãe belisca
Maria Fumaça
Indo devagar...
Arrasta a estação
O chão
O mato
A sensação
Bia não sossega
Segura a saia
Faz careta
Vai com a mãe
Ao fim do mundo
E sabe

O SINO DA CATEDRAL

O sino da catedral
está soando
É hora de rezar
Corre a menina
Fita verde amarela
na lapela
Leva fogo e cor
dentro da camisa
Não pensa
nem poetisa
O sino da catedral
Tem sinal de imortal
É forte misterioso
Escondido no sótão
Não sossega o coração
De quem passa

SENTIMENTO

Tudo que me alegra me entristece
Nesta teia de conversas e dispersos
O rosto do amigo é inconstante
A ferida do tempo me consome
Some o olhar por onde passa
Não deixa marca nem abraço
Rastro de saudade
Qualquer laço
Fere o sonho tal retrato
Cai a chuva a pétala a tez
São soluços de outono
Carmins nativos violados

DEFINIÇÃO

Não dou mão à palmatória
Para obter pedaços de perdão
Meu amor
É impulso incontrolável
De liberdade
Libertino
Louco
Quem sabe pouco
Piração

RITUAL

sol sol sol
no silêncio no vago no movimento
bocas se fecham se abrem se comem
rostos se fartam se cospem se traem
rosas rosas rosas
no outono na luz no sofrimento
cores florescem se dão esvanecem
mãos se amarram se torcem se perdem
sangue sangue sangue
bebida ofertada aos homens
de fontes imberbes da alma

MISÉRIAS

Ele se partiu
Em tantos
Não deixou evidências
De existência
Uma fissura no vento
Reverteu a tempestade iminente
Os campos minados da alma
Refletiram misérias temporais
Dos lábios famintos
O beijo arrancado em raiz
Quebrou o sentido do mundo.

DEUS

O cadarço no pescoço
O destino na barra do vestido
Insetos descobrem claridade
A cidade relaxada
Não sabe a morte que há
Morta! Torta de banana!
Bia passa
Não sabe saudade
Se chora
É adeus
Raiva da vida
O pescoço e a cruz
Não reza
Deus entortou
Não deu alegria
Solidão desde cedo

O CORTE

A irmã é linda
Olho caído de amor
Tem serenata de madrugada
Paixão debaixo da ponte
Bia quer ser igual
Um dia será
Mas demora
O padre perdoa
O pecado
Se rezar bastante
Reza depressa
Teresa sifilítica
Não anda mais
Zacarias come a égua
No pasto
Não toma banho
Fede pinga
A cidade dá ao rosto
O declínio ou prumo
Raios acabem com a língua
Que delata e rima
A perna rasgada
No arame
Risco de sangue
Dois palmos de horror
Vertendo

BUSCA

A mão da menina desliza
Sobre a folha branca
Talvez
Uma floresta
Um pássaro
Um gigante
Uma bomba
Um perdão
A mão da menina busca
A qualidade da palavra
Aprendida
Apreendida
A mão desliza
A menina experimenta
O prazer da expressão

O TEXTO NA MÃO DE JOSÉ

Sem passagem pela polícia
Caiu duro na rodoviária
O ar prateava de sonho
Pressa de partir
José merece o céu
Brinca de ler e escrever
Tem só dez anos
Bicho do mato
Nasceu com um dedo a menos
Chovia pedra
A mãe prometeu a São José
Uma centena de velas
Batizado, cresceu miúdo
A vida correu santa
O anjo pintado
no teto da catedral
Desceu
José o possuiu
Águas passadas
José se completou
Na universidade
Os caminhos são curtos
Longa é a encruzilhada
A mão de José aperta duro
O texto lhe escapa
A sarjeta roça a orelha
José singra
O mar é bárbaro
Não há escalas
Alguém protesta
Cadê o socorro?
Mundo cão
José abraçou
A lua sai da moita
Denodo ou palavrório?
O texto perfura o asfalto
Chega no esgoto
Sirene de ambulância
Ratos saboreiam a sobremesa
José se multiplica
Na roedura de mamíferos
É caso de polícia
Rola uma grana
O texto de José
Nas bancas de camelô
Em papel reciclado
O lixo-texto
Santo remédio
José previu
E se deu
O povo condecorou
O buraco no asfalto
Não basta
José quer morrer mais
E vende o texto
Aos condôminos. Aos amigos
Aos parentes
A mão de José tremeu
O peso do texto
José na primavera
Coroa de flores cobre as mãos
O texto
Nas entrelinhas da cena
José sorri

CIDA SEPULVEDA – a escritora e poeta paulista Cida Sepulveda é formada em Letras pela UNICAMP. Publicou Sangue de Romã, em 2004 e em 2007, pela Bertrand Brasil, o livro de contos Coração Marginal. Diversos trabalhos literários dela estão em vários sítios e revistas da rede.

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segunda-feira, fevereiro 16, 2009

DICAS TATARITARITATÁ DA SEMANA!!!



CORES DAS LETRAS NO BRASIL – Mostra poética “Cores das letras no Brasil”, será realizada nos Açores, Ilha de São Miguel, entre os dias 31/03 a 04/04/2009, por ocasião do 4° Encontro Açoriano de Lusofonia. O objetivo da Mostra é oportunizar a divulgação de trabalhos de poetas brasileiros, em igualdade de condições, junto aos Colóquios da Lusofonia, evento internacional que já consagrou sua importância no fortalecimento da língua portuguesa e aproximação das comunidades lusófonas. A exposição poética está sendo organizada pela SPA/SC em parceria com o Grupo GIRA-Teatro e integrará as atividades artístico-culturais levadas para o evento pela Caravana de Difusão Artística Catarinense/Brasil 2009. Prazo de inscrição: até 28 de fevereiro/2009. A Mostra será documentada e os autores participantes receberão certificado para uso em curriculum pessoal. Os poemas deverão ser remetidos já revisados, conforme as regras do acordo ortográfico. Inscrições somente através do formulário à disposição no site http://www.mostrapoetica.poetasadvogados.com.br/ Info: Silmara Pezzoni Annunciato, Presidente da SPA/SC Sérgio Prosdócimo, Diretor de Expansão do Grupo GIRA-Teatro



CLAUDIA GELB – A poeta gaucha Claudia Gelb, formada em Letras(Português e Literatura), concluiu o Mestrado em Teoria da Literatura na PUCRS em janeiro de 2007, e atualmente está cursando Doutorado na mesma área e Instituição, estará lançando o livro “Transmutação", dia 17 de fevereiro, terça-feira, às 18h30, na LIVRARIA LEONARDO DA VINCI. Avenida Rio Branco, 185 – subsolo Edifício Marquês do Herval CEP 20040-007 - Rio de Janeiro - RJ – Brasil Fone: 55 (21) 2533-2237 & Fax: 55 (21) 2533-1277 Horário de Funcionamento: 2ª a 6ª Feira das 9h às 19h Sábados: das 9h às 14h www.leonardodavinci.com.br // info@leonardodavinci.com.br Info: www.rioartecultura.com



NUS - As galerias Fortes Vilaça e Bergamin estão realizando a coletiva Nus, com trabalhos de 57 artistas de linguagens variadas. A mostra abre o calendário de exposições 2009 da galeria e fica em cartaz por um longo período, até dia 04 de abril. Confira detalhes acessando: http://www.canalcontemporaneo.art.br/

XXXVII SALÃO DE ARTE CONTEMPORÂNEA – Estão abertas as inscrições para o 37º Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto. A tradicional mostra, que completou 40 anos em 2008, destina-se a reunir trabalhos nacionais contemporâneos representativos das artes plásticas. As inscrições para a primeira fase podem ser realizadas, até 14 de março, na Casa do Olhar Luiz Sacilotto, pessoalmente ou por meio dos Correios. A abertura do 37º Salão de Arte Contemporânea será realizada no dia 22 de abril. SERVIÇO: Casa do Olhar Luiz Sacilotto Rua Campos Sales, 414 – Centro – Santo André – SP Informações: (0XX11) 4992-7730 www.santoandre.sp.gov.br

ARTPOESIA – lançamento da edição 78, dia 16 de fevereiro de 2009, às 17h30min DCH I - Uneb - Cabula - Salvador – BA. Poetas e poetisas do Movimento Cultural Artpoesia no próximo dia 16 (2ª. feira), no Departamento de Ciências Humanas I da UNEB - Cabula, Salvador -BA, realizando o lançamento da edição nº 78 da revista Artpoesia. Nesta edição homenageia o poeta João Cabral de Melo Neto, e traz em suas páginas novos autores e seus inéditos textos que compõem o acervo dos talentos da poesia baiana. O evento contará com um recital de poesias e dramatização de textos de autores baianos e terá a participação dos poetas Rafael Prazeres, Davi Nunes, Carlos Alberto Barreto, Malu Freitas, Valdeck de Almeida, Douglas de Almeida, Edgar Velame, Pareta, Marcos Peralta, Ana Moreira, Juvenal Teodoro, Angelo Martins, Joanice Marques, Clara Maciel, J. Ferreira, Wagner Américo, entre outros. Informações: 9155-6828 E-mail: artpoesia@bol.com.br Coordenação: José da Boa Morte Apoio Cultural: Departamento de Ciências Humanas I - UNEB

PONTO DE CULTURA - A Associação Cia Orquídeas de Fogo inaugura no dia 01 de março, às 15h, o Ponto de Cultura Centro Cultural Armazém do Circo, no Conjunto João Sampaio II, Maceió. O grupo foi contemplado pelo programa Cultura Viva do MinC. O novo Ponto de Cultura atenderá estudantes da rede pública, além de trabalhar com técnicas circenses, mini-cursos e oficinas socioculturais que atendem as mais distintas áreas indo desde a confecção de figurinos até noções de teledramaturgia e fotografia. Outras informações: 82- 9997-0507 orquideasdefogo@bol.com.br/.

PREMIO SÃO PAULO DE LITERATURA 2009 – As inscrições podem ser feitas até o dia 30 de março e os interessados poderão acessar o regulamento no portal www.cultura.sp.gov.br. Podem concorrer livros de ficção no gênero romance lançados no ano de 2008. A entrega dos documentos deverá ser efetuada por Via Postal ou no Núcleo de Protocolo e Expedição da Secretaria de Estado da Cultura (na Rua Mauá nº 51, Bairro Luz, São Paulo - SP, CEP 01028-900). O nome dos finalistas será anunciado durante o Festival da Mantiqueira, entre 29 e 31 de maio em São Francisco Xavier.

MULHER ETERNO TEMA Prorrogado o prazo de inscrição para 10 de março de 2009 A TABA CULTURAL EDITORA institui o CONCURSO NACIONAL DE POESIA E PROSA MULHER ETERNO TEMA, para premiar autores de todo o país. Podem participar autores amadores ou profissionais, nacionais e estrangeiros residentes no país que escrevam em língua portuguesa. As inscrições são gratuitas e podem ser enviadas para o mail: concurso@tabacultural.com.br. Com o assunto: Concurso MULHER ETERNO TEMA.Pelos correios para: Concurso MULHER ETERNO TEMA TABA CULTURAL EDITORA Rua Joaquim Silva, 56 Gr. 701 Centro CEP: 20241-110 Rio de Janeiro-RJ NOVO PRAZO DE INSCRIÇÃO: 10 de março de 2009.RESULTADO: até 30 de março de 2009. Info: José Maria Rodrigues Editor.

ARICY CURVELLO – O poeta, ensaísta, tradutor e colecionador Aricy Curvello, que já enviou à Biblioteca Nacional de Brasília dez grandes remessas de livros, contendo mais de cinco mil volumes de sua coleção particular, prepara a 11ª com mais 200 títulos do acervo que, segundo ele próprio ressalta, levou “uma vida para reunir e preservar”. Nascido nas Minas Gerais, e apesar de filho de oficial do Exército, o poeta sofreu perseguições e prisões durante a ditadura militar, por apoiar movimentos de reformas sociais. Viveu no Rio, na Amazônia e na Europa, antes de se instalar no Espírito Santo. Considerado um dos poetas mais importantes de sua geração por críticos de peso, como Fábio Lucas e Assis Brasil, Aricy Curvello publicou mais de uma dezena de livros de verso e prosa, sem contar as participações em várias antologias nacionais e estrangeiras. Tem poemas traduzidos e publicados em espanhol, francês, inglês, italiano e sueco. Biblioteca Nacional de Brasília Assessoria de Imprensa 55 61 3325.6257 Ramal 106 www.bnb.df.gov.br / www.bienaldepoesia.unb.br bip.brasilia@gmail.com

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GUIA DE POESIA

sexta-feira, fevereiro 13, 2009

O TRÂMITE DA SOLIDÃO



Foto: Derinha Rocha

BLUE GERSHWIN

Luiz Alberto Machado

Agonizo devagar
Não tenho nada a dizer
Nada

Absoluta catarse

Os meus pedaços
Se perderam de mim
No labirinto da sobriedade de Cage

Devotei meu olhar
A reinventar o muro à cabeça

Criei meu tautócrono
Com meus versos abstrusos

A loucura me cerca

Comunhão
Ah! Meu tormento Van Gogh
Minha solidão Almafuerte

Sempre
Instigado pela descrença
Na frivolidade das coisas

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O TRÂMITE DA SOLIDÃO
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FOLIA TATARITARITATÁ

quinta-feira, fevereiro 12, 2009

POETAS DO RIO GRANDE DO SUL



ADEMIR ANTONIO BACCA

Conheci o Ademir Bacca através de sua publicação impressa e on line, Garatuja, isso nos anos 90. À época eu editava tablóide impresso o "Nascente - Publicação Lítero Cultural" que depois transformei também em site.

Da nossa troca de correspondência não tardou ele me convidar para ser diretor regional, em Alagoas, do Proyecto Cultural Sur, uma vez que além de editar o meu tablóide, eu ainda acumulava a função de assessor de imprensa do Sindicato dos Escritores de Alagoas - SINDEAL.

Como no começo de 1999 aconteceu aquele desastre econômico, o meu tablóide afundou, não pude prosseguir com o trabalho no Proyecto Cultural Sur aqui e, o pior de tudo, perdi o contato com o Bacca, só retomando agora por causa do Orkut.

Pois bem, para os que não conhecem Ademir Antonio Bacca é poeta, contista, folclorista, jornal e é considerado um dos maiores ativistas culturais do país.

Ele já publicou oito livros, fundou os jornais "Laconicus" e "Garatuja", criou e coordena o Congresso Brasileiro de Poesia, o Encontro Latino-Americano de Casas de Poetas, a Mostra Internacional de Poesia Visual e a Noite da Poesia Brasileira em Havana.

Criou ainda a Semana Oscar Bertholdo de Poesia e é Presidente do Proyecto Cultural Sur/Brasil e também primeiro vice-presidente internacional da entidade com sede no Canadá.

Bem, isso é só para ter uma idéia, pois o Bacca é um incansável participante de entidades culturais, grandioso incentivador e sempre está recepcionando amigos e artistas em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, onde reside.

Pois bem, quando Ademir Bacca publicou seu oitavo livro de poesias: "Plano de Vôo", não me contive e de um fôlego só devorei o livro. Logo vi: recheado de boas poesias e de muita gente comentando.

A primeira pessoa a falar no livro, é a nossa amiga, poeta e advogada, Sandra Falcone, que diz: "(...) Bacca vive e respira poesia, nas suas palavras escritas e faladas. (...) O grande destaque da poesia do Bacca é a naturalidade de seus versos, que chegam sem subterfúgios e sem ostentação. O equilíbrio entre os poemas em si, entre si e com o mundo que abordam, aliado à peculiaridade de forma, ou seja, a alternância em elegantes oposições simétricas (simetria perfeita), ressalta e de forma poética, musical mesmo, as similitures de passados, experiências e estados do eu-poeta. (...) Os versos de Bacca escorrem vida em doses de pura poesua e... nos embriagam".

Políbio Alves também dá seu testemunho no livro: "Os desenredos vérsicos de Plano de Vôo, logo na primeira leitura me impressionaram. E muito. Ao meu ver, este poeta sabe, como poucos, granjear em sua fraseologia contemporânea, os engastes fonéticos da palavra. Daí, maior assonância em cada verso, em cada palavra, em cada trecho do livro. Nenhum artifício, nenhum, é bom assinalar. (...) Sem dúvida, este livro torna-se um exemplo de transparência da alma. Transluminador, no desaguar da alegria de vozes repassadas de sigilo, e de rostos reconfigurados do dia-a-dia. (...) Por excelência, orgânico. Sobretudo, de vertiginosas leituras. Há mais nessa trajetória de ilusionismo, espanto e luz. Sim. Resta-nos a voragem desta cuimplicidade eletiva que se move, se impõe e renasce, talvez, além dos meandros do encantamento e da paixão".

Ainda José Mendonça Teles, outro que se manifesta acerca do livro: "(...) Neste Plano de Vôo Ademir Antonio Bacca está sempre voando, ou melhor, caminhando em busca de novos sonhos, de um horizonte sempre distanciado. É aí que nasce o poema, essa vontade de chegar lá, essa inquietação de sonhar absurdos. (...) Em seu Plano de Vôo o poeta atinge o estágio do amadurecimento quando depara com a impossibilidade do possível, ao buscar o amor sempre distanciado e se escapulindo como um brinquedo de criança, fugaz e passageiro. Sonhando, em seu universo poético, produz poemas como se estivesse desferindo em si mesmo os punhais da solidão. (...) Ao alçar o seu Plano de Vôo, com poemas curtos e tocantes, é possível imaginar o poeta navegando sua asa delta emocional pelas querência gaúchas, captando o silêncio do silêncio, num horizonte sempre distanciado".

Pelo que vi, li e curti no livro, deu-me a satisfação de participar de um planejamento que em si já é o próprio vôo: o trâmite do vôo com todas as asas de si e o pé no chão da vida. Como ele mesmo diz em "Dos remendos":

A vida
Nada mais é
Que um sonho remendado
Com pedaços
De outros sonhos
Que não deram certo.

Sim, mas não como vencido mas como o que aprende e retoma para a "Partilha":

Nem pão,
Nem peixes,
em água
Muito menos Vinho.
O que tenho para repartir São versos mal dormidos,
Maus conselhos
E fantasias com validade vencida
Pelo cantar de galos precipitados
Alguém se habilita?

Pois é, a transcendência de voar com os pés no chão para "De estradas & entradas":

As estradas que não percorri
Hoje não me cansam mais.
(...)
O que deixei de fazer,
O que não fui,
Tudo o que não amei
E o que me fugiu por entre os medos,
Foram fardos de frustrações
Que carreguei em ombros calegados
Pelas estradas que escolhi.
Agora,
Na encruzilhada do que sou
Com aquilo que queria ser
E com o que eu poderia ter sido
Chamo o garçon e peço mais uma dose:
A vida é assim mesmo,
Está escrito em algum lugar:
Nós nunca vamos,
É ela que nos leva ao seu bel prazer.
As estradas que não percorri
Foram aquelas que me cansaram mais.

E sempre no sisifismo dos dias e da vida, como em "Replay":

O passado
De vez em quando
Bate em minha porta
Vestido de amanhã

E, por isso, o poeta e(i)merge no seu vôo, como em "De paixões & distâncias":

(...) fecho os olhos
E vôo".

E voa com a solidariedade de "Da solidão":



Em mim
Um
Porto vazio
A te esperar
De braços
Abertos.

Pelo que consegui flagrar aqui, há, inegavelmente, uma natural e cristalina forma deliciosa de encantar. Eu mesmo, confesso, voei. E mais ainda: se é um plano, o vôo já se faz em si. E desejo uma ótima viagem a quem se prestar a voar junto porque saberei que será uma agradabilíssima viagem. Quem se habilita?

Aí dia desse eu estava em Blumenau com os amigos Tchello d´Barros e Luiz Eduardo Caminha, quando dei de cara com o poetamigo gaúcho e berrei logo?

- Se é Bacca, é bom!!!

Ele sorriu abrindo a guarda o que oportunizou sem delongas de peitá-lo para uma entrevista, o que, de bate pronto, saiu na hora:

LAM - Bacca, vamos para a pergunta de praxe: como foi o seu encontro com a arte? Como tudo começou? Por que sua opção pela arte?

Eu sempre gostei de escrever, e escolhi o lado mais fácil, ou seja, enveredei pela poesia ainda na adolescência (embora tenha alguns contos premiados), o que acabou me empurrando depois para o jornalismo. Mas sempre falou muito forte em mim um lado aventureiro-empreendedor, então organizei festivais de música, apresentações teatrais, feiras do livro e até uma mostra de cartuns de grande projeção nacional. Aí o caminho já estava definido e não teve mais como escapar dele. Então veio a idéia de fazer um grande encontro de poetas e surgiu o Congresso Brasileiro de Poesia, em 1990, que já vai para sua décima sexta edição. A arte digital veio mais tarde, mais como uma necessidade de tentar dominar alguns programas de computação.

LAM - Quais as influências da infância e adolescência que contribuíram decisivamente para formação do artista?

Os clássicos não me influenciaram nem um pouco, pelo contrário, fugi da maioria deles como o diabo foge da cruz. Dois poetas tiveram grande influência em minha vida, lá no início: J. G. de Araújo Jorge e Vinicius de Morais. Depois vieram o Quintana, Thiago de Mello, Drummond e alguns malditos, principalmente Leminsky. Mas o bom foi a descoberta da poesia marginal, a famosa geração do mimeógrafo. Ali, com eles, descobri o rumo que eu deveria dar aos meus versos.

LAM - Primeiro vamos falar do poeta, faz um histórico da sua trajetória e das suas publicações poéticas.

Estreei em livro numa parceria com dois amigos, em 1975, com “Uma Porta Aberta”, que teve como padrinhos no dia do lançamento Mario Quintana (na sua única estada em Bento Gonçalves) e Carlos Nejar. O primeiro livro solo só veio em 1978 (Asas e Coração). Depois vieram outros 7: “Pátria Amada e outros poeminhas insensatos”, “A Tragédia dos Anjos”, “O Trágico Circo Cotidiano”, “Página de Jornal”, “Inventário de Emoções”, “Pandorgas ao Vento” e “Plano de Vôo”. Neste ano devo lançar “O Relógio de Alice”. Em 1986 comecei a publicar uma série de livros contando histórias do cotidiano de nossa cidade e região, totalizando 11 títulos e mais de cem mil exemplares vendidos. No momento, trabalho na conclusão de três novos livros, dois de poesia (“O Grito por dentro das palavras” e “Panis et circenses”) e um de pequenas histórias e memórias (‘Janela da Memória”), e continuo juntando histórias do folclore regional para uma publicação futura, sem previsão para concluí-lo. Também planejo lançar um livro sobre estórias engraçadas acontecidas com escritores, tendo diversas já devidamente registradas. Participações em antologias, já são mais de cinqüenta.

LAM - Além disso você atua no campo da poesia visual, da arte digital e dos fractais. Como se dá o desenvolvimento dessa linguagens e como elas atuam nas suas temáticas?

Como falei no início, a arte digital surgiu em minha vida por acaso. Sempre gostei de arte, principalmente dos abstratos, mas nunca tive a menor habilidade para isso. Sou daqueles que não conseguem desenhar um círculo nem com a ajuda do fundo de um copo. Mas diante da necessidade de ter que pelo menos entender alguns programas de computação gráfica, fui orientado a tentar a arte digital, pois assim, mexendo com os programas, seria mais fácil entendê-los. Aí conheci primeiro o “Ultrafractal” e depois o “Apophisys”, que é o programa que uso atualmente para brincar com o mundo maravilhoso dos fractais. E se digo brincar é porque não faço arte digital com nenhum objetivo que não seja o de relaxar o espírito depois de horas trabalhando no computador. A poesia visual foi uma breve aventura, talvez levado pela Mostra Internacional que promovemos todos os anos junto com o Congresso Brasileiro de Poesia. Por fim, os fractais não influem em nada no meu trabalho literário, até mesmo porque se tivesse que escolher entre um e outro, eu ficaria sempre com a poesia.

LAM - Você também é escritor e folclorista. Como e por que o folclore entra na sua arte?

Os livros de folclore surgiram de uma brincadeira com um colega de jornal, grande contador de histórias. Ele contava as histórias e eu anotava. Um dia apresentei a ele o “nosso” livro. Ele ficou espantando pois a idéia era manter os nomes originais das pessoas envolvidas nos relatos e isso poderia nos causar problemas. Relutou no início, mas acabei convencendo-o. E foi justamente o fato da identificação dos personagens que deu sucesso ao projeto, tornando-o num recordista de vendas em toda a região.

LAM - Você desenvolve uma atividade jornalística, especialmente com o jornal Garatuja. Conta pra nós o papel, proposta e como anda o Garatuja?

Durante muitos anos o jornalismo foi o meu ganha pão. Na verdade, ser jornalista sempre foi o meu sonho de menino. Nunca me imaginei fazendo outra coisa senão estar numa redação de jornal. De 1973 até 1997 eu dirigi o Jornal LACONICUS. E foi dentro do LACONICUS que surgiu o GARATUJA (nome que copiei de uma publicação de Campina Grande que eu gostava muito e que havia parado de circular), inicialmente como um Suplemento Literário encartado. Só que o suplemento cresceu e acabou ganhando circulação própria e se transformou numa das mais respeitadas publicações literárias do país. Poucos jornais abriram espaço para poetas desconhecidos quanto nós o fizemos, creio que na época só o Zanoto (“Diversos Caminhos”), lá em Varginha nos ganhava. Parou de circular em 2005, mas estamos projetando a sua volta para outubro deste ano, durante o Congresso Brasileiro de Poesia.

LAM - Como produtor cultural, você desenvolve o Congresso Brasileiro de Poesia. Conta pra gente o que é esse Congresso e passa pra gente o resultado das edições realizadas.

O Congresso Brasileiro de Poesia surgiu em 1990, na cidade de Nova Prata, pelas mãos do então prefeito João Carlos Schmitt, que me procurou dizendo que queria um evento cultural em sua cidade. O primeiro projeto apresentado foi o da Casa do Poeta Rio-grandense, que planejava organizar o Encontro Latino-americano de Casas de Poetas, mas não era o que o prefeito queria, não se encaixava no projeto cultural que ele pensara. E então pensei: por que não um congresso reunindo todos estes poetas malucos que andam dizendo seus versos pelas ruas e bares de todo o país? Apresentei o projeto e Schimmit o aprovou na hora. E sem que ele se desse conta, embuti no mesmo o Encontro Latino-Americano de Casas de Poetas, atendendo a um pedido do Nelson Fachinelli, que presidia a Casa do Poeta Rio-grandense. Então a Casa ficava com a responsabilidade do Encontro enquanto o Congresso era exclusivamente controlado pelo GARATUJA. Nova Prata sediou as três primeiras edições do evento, depois mudamos para Bento Gonçalves, que é onde eu resido, e aqui já realizamos doze edições, consolidamos o evento entre os mais importantes do gênero das três Américas. A partir da mudança para Bento Gonçalves, foi incorporada ao evento a Mostra Internacional de Poesia Visual, que é coordenada pelo Hugo Pontes. Em Outubro, de 6 a 11 de outubro, realizaremos a décima sexta edição, com a perspectiva de termos mais de 300 poetas vindo de quase todos os estados brasileiros e de diversos países.

LAM - E o Proyecto Cultural Sur?

O Proyecto Cultural Sur, que hoje é o grande parceiro na organização do congresso de poesia (ao lado da Prefeitura Municipal de Bento Gonçalves, Fundação Casa das Artes e SESC), entrou em nossas vidas no final dos anos 90. Fomos os pioneiros no intercâmbio cultural com Cuba, isso em 1992, quando trouxemos o poeta Virgílio Lopez Lemus, que acabou se transformando num verdadeiro embaixador da cultura alternativa brasileira em Cuba. E numa sua outra vinda ao Brasil, ele trouxe o convite para que eu organizasse uma caravana de escritores e artistas plásticos para irmos a Havana participar do festival de arte que o Proyecto Cultural Sur estava organizando. Foi aí que surgiu o Sur/Brasil, do qual sou presidente desde então. É um movimento que cresce na América e aos poucos vai se consolidando também no Brasil.

LAM - De que forma a Internet tem contribuído para a difusão do seu trabalho artistico?

Relutei muito em usar a internet em todo o seu potencial. Primeiro porque sou daqueles escritores antigos que consideram o computador apenas uma máquina de escrever um pouco mais avançada. Demorou para cair a ficha de que a internet era o grande lance de todos os tempos em termos de comunicação. Aí comecei a explorar, ainda que timidamente, meu blog e um blog para divulgar o congresso brasileiro de poesia. Mas confesso que isso requer uma disponibilidade de tempo que eu nem sempre tenho, razão pelo qual muitas vezes fico mais de um mês sem atualizar sequer o meu blog.

LAM - Quais projetos Ademir Bacca tem por perspectiva de realizar?

Consolidados o Congresso Brasileiro de Poesia e o Proyecto Cultural Sur, meu objetivo agora é utilizar esta estrutura para desenvolver alguns projetos dentro das escolas, uma vez que tudo aquilo que promovo tem o aluno como objetivo principal. Aqui em Bento Gonçalves a poesia já é trabalhada em todas as escolas, estamos formando uma geração de leitores muito grande. Todos os anos distribuímos milhares de livros de poesia editados pelo congresso em parceria com autores. É o projeto “Poesia na Escola”. Agora vamos lançar o “Livro na Escola”, que será desenvolvido ao mesmo tempo num maior número possível de cidades. Consiste no núcleo do Sur/Brasil local conseguir a adesão de um número determinado de poetas que cederão gratuitamente exemplares de seus livros para serem doados às escolas. A idéia inicial prevê que vinte escritores doem vinte exemplares cada um, o que formará um kit de 20 livros que serão entregues a vinte escolas. A idéia é de que esta ação seja realizada pelo menos duas vezes por ano.
Outro projeto é organizar uma grande mostra de arte digital aqui em Bento Gonçalves. Penso que poderemos fazer isso em outubro de 2008, quem sabe?

OUTROS POEMAS DE ADEMIR ANTONIO BACCA

DE ÍNDIOS & MENDIGOS
(A propósito da desculpa “A gente pensava que era um mendigo”, dada pelos jovens que queimaram, em Brasília no ano de 1997, o índio pataxó Galdino justamente no dia do índio).

A carne
do índio pataxó
arde vergonhosamente
em chamas
nas páginas de jornais
dos quatro cantos do mundo.
O cheiro da tragédia
incomoda narizes neo-burgueses
acostumados a Chanel nº 5.
Fede mais
que a carne queimada
do índio Galdino,
o cheiro da indiferença
dos seus assassinos.

A ESTRADA E A CANÇÃO

mesmo que a estrada
não dê no mar
e nem no alto da montanha
mesmo que ela passe
ao largo do rio
e faça tantas curvas
antes de chegar ao seu destino,
não importa aonde ela vai dar:
na verdade,
nós sempre voltamos ao mesmo lugar
é a velha canção da infância
quem costura as nossas lembranças
é o murmurar das mesmas palavras de sempre
quem acalenta os nossos sonhos mais caros
mesmo que a estrada nunca passe
por todos os lugares
onde planejamos um dia parar,
ainda acordo todos os dias
cantando aquela velha canção.

ENTÃO TÁ

Que tua boca
Diga não
Mesmo que teus olhos
Digam sim.
Que teu corpo
Diga não
Mesmo quando tua boca
Disser sim.
Que teus olhos digam não
Quando tudo em ti
Disser sim

PEDAÇOS

Hoje,
restam-me pedaços
de um sonho que aconteceu
sem que eu percebesse.
Pedaços de cores
que bailam em minha mente
perturbando o meu olhar.
Pedaços nossos
que não consigo juntar
num só.

DOS CUIDADOS

há coisas
do coração
que a gente sente
e não explica.

o infarto
por exemplo.

MURO

não lembro ao certo
quando o muro foi erguido.
foi surgindo aos poucos,
uma palavra áspera aqui,
um descaso acolá
e quando percebemos,
estava pronto.
e desde então,
tem nos dividido ao meio.

FRAGILIDADE

Brinca a criança
com o dedo no gatilho
de uma arma inexistente
enquanto o encanto se faz mistério
mal se acenda a primeira luz
no picadeiro.
Dança a bailarina a sua música triste
num palco imaginário à meia-luz
enquanto prostitutas vagam em bandos
pelas ruas vazias em busca de um porto
para a sua solidão sem homem.
Ah! Os mistérios deste circo de incertezas
que faz brincar com o encanto a bailarina
e os operários e malabaristas de corpos cansados
sem sequer imaginarem o mistério
que faz da vida um brinquedo frágil,
criança tão fácil de se quebrar.

POEMA DE INSTAFISFAÇÃO

Foi você
quem brincou
com os meus sonhos
quando eles ainda não sabiam
brincar.
Foi você
quem despertou o meu coração
quando ele não queria mais
despertar.
Foi você
quem me ensinou a sonhar
quando eu só queria lutar.
Agora,
o que é que eu faço
desta vida feita de nada?

TEMPO SETE

Há quanto tempo
eu não via os pardais
brincando sob a minha janela?
Será que eles estavam em férias,
doentes ou cansados?
Ou será que eu não os via
porque só tenho olhos para te ver?

DO TEU SABOR

O gosto da tua pele
sal impregnado em meus lábios
que me mata de sede
à beira da fonte dos teus prazeres.
O teu gosto na minha boca
mel que sacia meus desejos
na hora derradeira
do medo de te perder
em meio aos lençóis.
O teu cheiro impregnado
no meu corpo
perfume raro que nem a chuva
leva de mim...

BUSCA

esse amor
que a arte não descreve
não disseca
e nem explica
que aparece
com tantos nomes
apelidos
palavras
desafios,
esse amor
que se vive
e não se entende
nem se aprende
suspenso por um fio,
em que parte de ti
se esconde?

TEMPO SEIS

Toda vez
que ouço a sirene
do carro de bombeiros
cortando o silêncio da noite,
abro a porta do meu sonho
para verificar se não é o meu mundo
que está pegando fogo.

POSOLOGIA

da vida tenho provado
doses ousadas de paixões,
daquelas que marcam fundo,
mesmo que efêmeras,
daquelas que abrem caminhos
mesmo quando não levam
a lugar algum
tenho provado da vida
doses amargas de solidão,
daquelas que fazem da paixão
relógio de ponteiros cansados
da vida tenho provado
doses de sentimentos confusos
que as noites me servem
em goles desesperados
daqueles que viram tudo
de pernas pro ar
e depois se vão
no lamento do vento
tenho provado da vida
doses ousadas de paixão
mas do sonho,
eu sempre bebo a dose exata.

MOSAICO

com a paciência
de um velho tecelão
preparo meu manto de lembranças
para quando o frio dos anos
anunciar seu inverno mais rigoroso
em lentos goles de vinho
faço desfilar na passarela
dos meus olhos
os sonhos que trago
dentro de mim
e assim,
noite após noite de insônia
monto o mosaico de todo o tempo
que me escapuliu
por entre os dedos.

DA BOEMIA

voltamos do bar
quietos e cansados
como se fossemos
pássaros inexperientes
que voltam aos seus ninhos
assustados
com o primeiro temporal

SABOR AMARGO

dos frutos
da primeira árvore
que plantei
meus lábios
não sentiram
o sabor.
o abacateiro carregado
não foi
no caminhão de mudança.

Aproveite e confira o blog de Ademir Bacca, do Congresso Brasileiro de Poesia e Poetas do Brasil.

VEJA MAIS:
POETAS DO RIO GRANDE DO SUL
GUIA DE POESIA
FOLIA TATARITARITATÁ

quarta-feira, fevereiro 11, 2009

KATIA VELO & FOLIA TATARITARITATÁ



KATIA VELO – a artista plástica Katia Velo participa exposição coletiva "Arte em 10x10" no Solar do Rosário (Curitiba/PR). Desde 14 de dezembro, acontece a exposição "Arte em 10x10", no Solar do Rosário. A exposição é uma parceria entre, O Solar do Rosário, o CACEV - Centro de Arte Contemporânea Edilson Viriato e o Ateliê Livre de Arte Edilson Viriato. A exposição “Arte em 10x10” reúne trabalhos de aproximadamente 70 artistas (veja relação abaixo). As obras em pequeno formato 10x10, como o próprio nome indica, são trabalhos com qualidade técnica e artística a preços especiais. Ainda há tempo para você adquirir uma obra de arte. A exposição permanecerá aberta até o final de fevereiro. “Míni-arabescos” de Katia Velo - As obras “Míni-arabescos” foram realizadas especialmente para esta exposição. Elas seguem a série “Arabescos” inspirados na arte islâmica, nos rococós e, principalmente, nos trabalhos da artista plástica Beatriz Milhazes pela busca da beleza e composição conceitual. As obras da série “Arabescos” consistem na pintura de motivos florais em forma de caleidoscópios feitos através de uma combinação inusitada de curvas. Artistas participantes da exposição: “ARTE 10X10” Adelina Nishiyama, Akiko Miléo, Ana Knapik, Ana Mauad, Ana Muller, Ana Serafin Andre Malinski, Ane Serpa, Antonio Temporão, Antonino Canetta, Beatriz Gonçalez Celso Parubocz, Cecília Issa, Christina Araújo, Cida Lemos, Claudia de Lara, Cristina Daher, Cristina Sá, Danielle Jacob, Daniel Escudero, Denise Abujamra, Elisiane Correa Fabio Vicentin, Geraldo Zamproni, Geraldina Galléas, Giovana Hultmann, Gladys Mariotto, Ida Bergamini, Iliane Barcellos, Inês Zenere, Irani Spiacci, Jacyra Abujamra João Coviello, Katia Velo, Leslie Jacob, Lidia Saczkovski, Lory Archer, Lucilia Schneider, Luiz Paulo Aguiar, Luiza Uady, Luzia Alencar, Malah, Mara Franco, Marilene Zanchet, Marilsa Urban, Marinice Costa, Marlene Gulin, Mirian Antonietto Mirna de Oliveira, Nelma Takeuti, Odilon Ratzke, Rita Bortolan, Ro Sampaio, Rosa De Marchi, Rosane Marochi, Sabine Feres, Sander Riquetti, Sandra Hiromoto, Selda Schilklaper, Sandra Bonet, Sandra Marchi, Sheilla Liz, Soraya Milani, Vanil Rissio e Viviane Camargo. Galeria de Arte Solar do Rosário Rua Duque de Caxias, 04 – Curitiba – PR (41) 3225-6232 www.solardorosario.com.br Assessoria de Imprensa Lucia Casillo – 32223260 / 91113036 livraria@solardorosario.com.br Detalhes no www.guiasjp.com.br/katiavelo & no www.inconfidencial.com.br também no www.arteparanaense.art.br e na www.arteatual.net Veja mais Katia Velo.

V POETANDO NO CARNAVAL - Samba, suor e poesia. É assim que o Espaço Cultural São Pedro da Serra comemora o Carnaval. Pelo 5º ano consecutivo acontecerá, no domingo, dia 22, a partir das 17 horas, o "Poetando no Carnaval", um evento que reúne poetas e amantes da poesia. Durante o "Poetando", o Espaço Cultural fará o lançamento do seu 3º Concurso de Poesia Livre, que este ano traz uma novidade: inscrições para jovens poetas, dois oito aos dezoito anos. E, depois do "Poetando" música e poesia se misturam ao ritmo carnavalesco do 7º distrito de Nova Friburgo, onde quatro blocos desfilam pelas ruas do vilarejo: Vila Mozer, Bloco da Bocaina, Es trela do Mar e Bloco das Piranhas. O Espaço Cultural São Pedro da Serra fica na Rua Rodrigues Alves, 237. Mais informações sobre a programação podem ser obtidas nos finais de semana e feriados, pelo telefone (22) 2542-3365. Espaço Cultural São Pedro da Serra Www.espacoculturalsps.org.br & contato@espacoculturalsps.org.br

ALBERTO LINS CALDAS & SENHOR KRAUZE - Em 16 de fevereiro, em evento programado para as 19h00 na Livraria Cultura, no Paço Alfândega, em Recife, Alberto Lins Caldas lançará o livro 'Senhor krauze".

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GUIA DE POESIA
FOLIA TATARITARITATÁ

domingo, fevereiro 08, 2009

O TRÂMITE DA SOLIDÃO



Imagem: foto de Derinha Rocha.

MÃE DO OURO

Luiz Alberto Machado

Celebro o amanhecer e o sol no canto puro e belo de ave canora
Seu palrear e o meu regozijo
Seu gorjeio e a minha salvação

De noite sondaram minha morada uma legião de seres do outro mundo
Era a minha solidão

Agora o sol e o trinado forte expulsaram as almas, os flibusteiros que penavam exumando meus restos mortais

Nas águas subterrâneas dos meus sonhos noturnos mora a mãe do ouro

E ela vem levitando com as estrelas de seus cabelos

Eu faço pedidos pra ela no favor de que atenda meu coração

Sou o gênio encantado e sigo sedento ao seu palácio para desposar donzelas e matronas e o meu idílio adiado

E quando noite vou mergulhar no salão multicor
Vou dançar orgias e volúpias das mulheres
A me deleitar e esporrar e arrefecer feliz

No dia seguinte a ressaca de vida que venha e estarei contente com os chilreios de uma ave canora saudando o dia na plenitude do sol

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PRIMEIRA REUNIÃO
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LUIZ ALBERTO MACHADO NO CALDEIRÃO DO HUCK
FOLIA TATARITARITATÁ
PREMIO NASCENTE DE POESIA 2009
GANHE LIVROS BRINCARTE
BIG SHIT BÔBRAS

sábado, fevereiro 07, 2009

PALAVRARTE & OUTRAS DICAS TATARITARITATÁ!!!!



NATHALIA WIGG – Essência Azul- O sagrado caminho das estrelas. Essência Azul é o resultado de anos de estudos, experimentos, pesquisas e insights. Uma obra que, através da criatividade literária, reúne dados relevantes e reveladores sobre a mente e o espírito. A autora afirma que o autoconhecimento e a consciência são pontes vitalícias que levam ao mundo dos sonhos, das realizações, da iluminação e do amor. Nesta grande obra que, além de tudo, é rica em beleza literária, Nathalia Wigg nos mostra a completude da vida. Contos, crônicas, ensaios e poesias se entrelaçam em envolventes histórias. Amor, inspiração, mistério, revelação... Um livro onde o final é apenas o começo. Nathalia Wigg nasceu no Rio de Janeiro, em dezembro de 1984. Descobriu precocemente a vocação de escritora: aos 11 anos, depois de sonhar com um misterioso mago que a inspirou a ingressar no mundo literário. A partir desse episódio, uma importante jornada se iniciou. Sonhos espirituais sempre foram presentes na vida da autora. E uma dessas experiências levou-a a escrever “Ainda menino”, poesia que compõe o livro “Essência Azul”. Com uma grande facilidade de compreender a essência da vida, apresentada em situações simples ou complexas do cotidiano, Nathalia optou por freqüentar um consultório de psicanálise por cinco anos e seis meses, a fim de compreender, também, a sua psique. Em inúmeras consultas que sempre transcendiam o “comum”, a autora começou a explorar os aspectos da alma humana. Graduou-se em Letras. Atuou em teatro. Pincelou quadros. Desenhou a grafite. Escreveu inúmeras poesias, contos, crônicas, ensaios e Letras de Música. Participou de várias antologias da Câmara Brasileira de Jovens Escritores. Ganhou prêmios de edição pela Litteris Editora, nas antologias “E da palavra se fez livro”, “Com a palavra, os professores do Brasil”, “Canta Brasil” e “Diário do escritor 2009” com as respectivas poesias: “Ainda menino”, “Utópicas formas”, “Outra direção” e “Oscilação sentimental”. Recebeu o Título “Cavaleiro Dragão” no Concurso Internacional de Poesia “José Lins do Rego”, onde seu poema “Coração Guerreiro” ficou em 9° lugar entre 6.663 inscrições a partir de 25 países. Ganhou o II Concurso Nacional Elos de versos, onde ficou em 1° lugar, com a poesia “Eternamente Fugaz”. É membro da APPERJ e do Colegiado Acadêmico do Clube dos Escritores de Piracicaba, onde ocupa a cadeira de n° 061, da área de Letras. Nathalia também trabalha como colunista e participa de vários sites literários; tendo uma forte presença na internet. Foi organizadora do I Concurso Nacional de Poesias Brasil em Versos. Participou da antologia “Contos e crônicas arti-manhas” e da antologia “Perfil 2008”, da APPERJ. É autora do livro “Essência Azul- O sagrado caminho das estrelas". Outros detalhes: http://www.nathaliawigg.com.br Info: Anabel assessoria@nwcomunicacao.com.br Telefax: +(55) (21) 2504-7545/ Noeme: 7816-6931 Av. Rio Branco 156/1206 Centro - RJ, Brazil Zip Code : 20040-901 http://www.nwcomunicacao.com.br



PALAVRARTE – A revista Palavrarte está atualizada com novo design e com a participação de Brasigóis, Arnaldo, Magdala, Ivan, Moacyr, Osório, Afonso Henriques,Salgado Maranhão, Edimilson, Suzana Vargas, Renato Casimiro, entre outros. Destaques para a seção Poesia Temática, além de entrevistas, artigos, resenhas, poemas e poetas, banca de poesia, rádio, vídeos, mp3, artes plásticas, música e muito mais. Confira também no MySpace.


Arte de José Rufino - PB

CARTAS/TRAJETOS – A exposição coletiva “Cartas/Trajetos” reunirá obras de 12 artistas visuais contemporâneos oriundos de seis estados brasileiros (Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco e Rio de Janeiro), na Usina Cultural Energisa (av. Juarez Távora, 243 – Torre – fones: (83) 3221.6343 / 3221.5346), em João Pessoa (PB). Gratuita ao público, a exposição será aberta na próxima quinta-feira, 12, às 20 horas, ficando em cartaz até 31 de março deste ano. Promovida pelo Centro Cultural Banco do Nordeste (CCBNB), com curadoria de Bitu Cassundé, a mostra coletiva integra o Projeto Arte em Fluxo: Nordeste-Brasil. Participam da exposição os seguintes artistas: Gaio Matos (Bahia); Efrain Almeida, Vitor César, Waléria Américo e Yuri Firmeza (Ceará); Cao Guimarães e Pablo Lobato (Minas Gerais); José Rufino (Paraíba); Bruno Farias e Carlos Melo (Pernambuco); Brígida Baltar e Rosana Ricalde (Rio de Janeiro). Oficina e lançamento de livros - Desse grupo de artistas, oito foram selecionados pelos editais de cultura do Banco do Nordeste e quatro são convidados do BNB (Bruno Farias, Cao Guimarães, Carlos Melo e Gaio Matos). Antes da abertura da exposição, no período de 09 a 11 (segunda a quarta-feira próximas), de 14h às 18h, Yuri Firmeza ministrará a oficina gratuita “Desmodelando: objeto permeável”, com 25 vagas disponíveis. Trata-se de uma oficina teórica e prática que tem como mote conceitual as questões apontadas pela mostra coletiva “Cartas/Trajetos”. Participam da oficina o curador Bitu Cassundé (dia 9), e os artistas Waléria Américo (dia 10) e Bruno Farias (dia 11), ambos participantes da exposição “Cartas/Trajetos”. Na quarta-feira, 11, às 19h, Yuri Firmeza lança três livros artísticos de sua autoria. Toda essa programação também acontecerá na Usina Cultural Energisa. Diálogos entre artistas, instituições e público - O Centro Cultural Banco do Nordeste Fortaleza, comemorando seus dez anos de atuação na área cultural, vem desde 2008 ampliando seus limites geográficos na realização de exposições de artes visuais. São blocos de exposições com artistas contemporâneos, principalmente aqueles que participaram de mostras em suas sedes desde 1998. As exposições envolvem não apenas artistas nordestinos, mas de outras regiões brasileiras, possibilitando assim diálogos entre produção artística, instituições e público.A primeira etapa foi o intercâmbio entre jovens artistas da cidade de Belém (PA) com artistas de Fortaleza (CE), realizando uma exposição nestas duas cidades – na Casa das Onze Janelas, em Belém, e no CCBNB-Fortaleza. A etapa seguinte foi concretizada através da realização de miniresidências que promoveram o encontro de gravadores da Região do Cariri cearense com integrantes do o Clube de Gravura do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP). Relações de trajetos no traçado de redes - A exposição Cartas/Trajetos localiza-se no território das sobreposições, dos encontros/desencontros, do deslocamento e do trânsito, e utiliza como recurso a poética que habita o sentido de carta para estabelecer relações de trajetos no traçado de redes que se entrelaçam pelas proposições contemporâneas de 12 artistas brasileiros.As cartas, geralmente escritas em primeira pessoa e associadas a relatos confessionais e de cunho amorosos ou afetivos, legitimadas pela literatura, música e outras linguagens, consolidaram-se no imaginário popular. Atualmente, as cartas perfazem outro circuito regido pela velocidade dos meios de comunicação e de tecnologia, configurando novas proposições e sentidos que se ajustam a essa nova temporalidade. Através das declinações poéticas, das metáforas que habitam seu campo semântico, as cartas constituem um dos eixos que conduz a exposição, ao estabelecer diálogos nas construções que sucedem os seguintes agrupamentos: Carta/Corpo; Carta/Palavra; Carta/Cidade; e Carta/Paisagem. Os grupos se localizam na aliança, não na temporalidade do início ou fim, mas no “entre’’, na sintaxe que os conectam, num território não localizável, no intermédio, e assim como o Rizoma conjugam o verbo “SER’’ entre as conjunções “e...e...e...’’. As cartas, ao se aproximarem das redes, circuitos, ramificações, tramas, traçados, trajetos, acercam-se do conceito de Rizoma, e é através dessas sobreposições que a exposição Cartas/Trajetos elege a poética de 12 artistas brasileiros na produção contemporânea para compor a mostra: Brígida Baltar, Bruno Farias, Cao Guimarães, Carlos Melo, Efrain Almeida, Gaio Matos, José Rufino, Pablo Lobato, Rosana Ricalde, Vitor César, Waléria Américo e Yuri Firmeza. PROGRAMAÇAO PARALELA OFICINA: DESMODELANDO: OBJETO PERMEÁVEL MINISTRANTE: YURI FIRMEZA PROGRAMAÇÃO DA OFICINA Dia 09/02/09, segunda-feira (14h às 18h): bate-papo com o curador Bitu Cassundé e programação desenvolvida por Yuri Firmeza. Dia 10/02/09, terça-feira (14h às 18h): bate-papo com a artista Waléria Américo e programação desenvolvida por Yuri Firmeza. Dia 11/02/09, quarta-feira (14h às 18 h): bate-papo com o artista Bruno Farias e programação desenvolvida por Yuri Firmeza. Dia 11, às 19h – Lançamento dos seguintes livros de Yuri Firmeza: Relações (2006); Souzousareta Geiutsuka (2007) – obra patrocinada pelo Programa BNB de Cultura; e Ecdise (2008). Inscrições para as oficinas: desde o último dia 02/02/09 Usina Cultural Energisa Av. Juarez Távora, 243 – Torre CEP - 58040-022 (83) 3221.5346 / 3221.6343 usina@energisa.com.br Número de vagas: 25 Público-alvo: artistas, estudantes de arte, pesquisadores e interessados. Info: Luciano Sá (assessor de imprensa do Centro Cultural Banco do Nordeste) – (85) 3464.3196 / 8736.9232 – lucianoms@bnb.gov.br



DALILA TELES VERES – RETRATOS FALHADOS – Lançamento do livro Retratos Falhados (Coleção Ponte Velha) de Dalila Teles Veras Quinta-feira,12 de fevereiro de 2009 das 18h30 às 21h30 Livraria Martins Fontes Av. Paulista, 509 - Cerqueira César - São Paulo/SP Telefone: (11) 2167-9900 (Em frente à estação Brigadeiro do metrô. Convênios com estacionamentos -Rua Manoel da Nóbrega, 88 e 95 - primeira hora gratuita) & terça-feira, 17 de fevereiro de 2009 18h30 Livraria Alpharrabio Rua Dr. Eduardo Monteiro, 151 - Jardim Bela Vista (Alt. do número 1000 da Av. Portugal) Santo André - SP - Fone 4436-9219.

UBE – CONCURSO INTERNACIONAL DE LITERATURA: para livros inéditos em 2009: Contos - PRÊMIO BERNARDO ÉLIS. Crônicas (escritas por mulheres) - PRÊMIO ALEJANDRO CABASSA; Ensaio - PRÊMIO AMELIA SPARANO; Literatura Infantil e Juvenil - PRÊMIO MONTEIRO LOBATO; Poesia - PRÊMIO PIZARRO DRUMMOND; Romance - PRÊMIO JORGE AMADO; Teatro - PRÊMIO JANETE CLAIR. Inscrições até 15 de maio de 2009. Rua Teixeira de Freitas, 5, Sala 303 - Lapa, CEP 20021-350 - Rio de Janeiro-RJ, Brasil. Info: Correspondência para o Secretário da UBE Luiz Gondim de Araújo Lins: Rua Sá Ferreira, 152/403 – Copacabana - CEP 22071-100 - Rio de Janeiro-RJ.Art.

OCAS - Sarau da Revista OCAS No Projeto O Autor Na Praça - Dia 07 de Fevereiro - Feira de Artes Da Praça Bendito Calixto - Pinheiros O Autor na Praça apresenta o Sarau da Revista "OCAS" Neste sábado, dia 7/2, receberemos a equipe da Revista "Ocas", produzida pela Organização Civil de Ação Social (OCAS). Os vendedores, voluntários e parceiros estarão no Espaço Plínio Marcos, apresentando a revista, livros, contando suas histórias e poesias. A publicação é um projeto social que visa colaborar na reintegração na sociedade, de pessoas em situação de risco social. Os voluntários da Organização darão apoio às apresentações e estarão à disposição para esclarecer dúvidas sobre os projetos da Organização Civil de Ação Social, entre eles, o da própria Revista "Ocas", o do Futebol Social, o da Terapia Ocupacional e o de Psicodrama. Cerca de 1500 pessoas já atuaram como vendedores da revista. Os resultados foram tão positivos, que a maioria fortaleceu a auto-estima, retomou a vida no ambiente familiar, voltou aos estudos e muitos até conquistaram um emprego. Venha conhecer um projeto que preza por uma sociedade justa, democrática e participativa! O cartunista Júnior Lopes participa do evento realizando caricaturas. Saiba mais, participe e apóie a "OCAS": www.ocas.org.br / http://blogdaocas.blogspot.com Serviço: O Autor na Praça apresenta o Sarau da Revista OCAS. Dia 07 de fevereiro, sábado, a partir das 14h. Espaço Plínio Marcos - Apoio: Max Design, Jornal da Praça, Ponto de Fuga Cultura, Cinema e afins, Gula Goumert, Pablo Orazi Webdesign, Restaurante Consulado Mineiro e Cantinho Português. Info: ocas@ocas.org.br

COMISSÃO DE FRENTE – ALEGRIA E BELEZA PEDEM PASSAGEM, de Julio Cesar Farias, pela Litteris Editora, lançamento: Data: 10 de fevereiro de 2009, terça-feira, das 18h às 22h. Local: Casa de Cultura Hombu – Av. Mem de Sá, nº33, Lapa (entre a Pizzaria Guanabara e os arcos) RJ.

BELAS ARTES - A Secretaria de Estado da Cultura vai abrir inscrições a partir desta segunda-feira (09) para as turmas do 1º semestre do Centro de Belas Artes (Cenarte). O processo seletivo resume-se a entrevista dos interessados, que devem levar a cópia do registro de nascimento e uma foto 3x4. O Cenarte fica na Rua Pedro Monteiro, 108, Centro. As matrículas seguem até o dia 27, das 9h às 15h, de acordo com as opções de cursos oferecidos e o preenchimento das vagas. Outras informações: http://www.cultura.al.gov.br/.

GALERIA - A Fundação Cultural Capitania das Artes (Funcarte) disponibiliza um espaço gratuito para que artistas de todo o Brasil divulguem suas obras. Até o dia 13 de fevereiro os interessados podem expor seus trabalhos na Galeria de Artes da Fundação, no setor de Artes Visuais. O espaço objetiva divulgar as obras dos artistas selecionados para venda ou outras exposições. A documentação, composta por portfólio e ficha de inscrição devidamente preenchida, pode ser entregue das 9h às 13h e das 14h às 17h no setor de Artes Visuais da Funcarte que fica na Av. Câmara Cascudo, 434, Ribeira, Natal-RN. Outras informações: http://www.natal.rn.gov.br/funcarte/ .

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sexta-feira, fevereiro 06, 2009

POETAS DO MARANHÃO



ROBERTO KENARD

A FAMILIA

tem alguém no telhado
talvez a avó louca
embriagada de tiquira

tem alguém no telhado
possível o neto
esperando a lua

tem alguém no telhado
provável o gato
com medo dessa família

E QUANDO AMANHECE AMANHEÇO

E quando amanhece amanheço
com a noite em jejum entre
os dentes com a vida em lençóis
sobre mim

A vida?

Se mole eu
a engulo de um só
gole se dura
eu a corto de um
só golpe

Se dada é
sem força se possuída
é como o vento se
vendida é uma puta

E O QUE É UM POEMA?

Um coração vermelho desarmado
no meio de uma folha branca?

Um homem desamparado caminhando
numa cidade que fede a roupa suja?

Uma mulher grávida desamada
dentro da Praça João Lisboa seria?

Não importa o que seja um poema
se dentro de instantes estará nascendo
um ditador no Cone Sul da América

Se na Central Operária Bolivian
Marcelo Quiroga acaba de ser assassinado

E meu coração não se conforma
meus olhos não se conformam
meu corpo não se conforma

O VITRAL

anjos confabulam
por trás do branco

um rio nasce
e estende sua magreza

pombos descem
sobre a estátua comem a tarde

CÂMARA INDISCRETA

o poeta lírico-barbado
babuja

no bar
seus poemas

boa tarde
elegante bardo
cuidado com o vento
suas folhas íntimas
não resistem ao menor sopro

o coração sobre a mesa
breve o garçom virá removê-Io

um barco atraca no cais

lugar de coração é no peito
teimoso bardo
curió pardo exposto aos turistas

a mulher burguesa
baton e ruge
ergue o braço
garça o garçom passa

poeta velho brada:
liturgia do inútil

rudo desaba
asa do vento navalhada:
na tarde provinciana
e cinza.

ROBERTO KENARD – O jornalista, professor universitário e poeta maranhense Roberto Kenard estreou na década de 80 com o livro No meio da vida, premio da Fundação Cultural do Maranhão. Em seguida publicou Do lado esquero do Corpo e, logo após, O camaleão no espelho, Foi diretor de cadernos culturais e de redação de vários jornais. Escreve uma coluna diária e é diretor de redação do Diário da Manhã. Edita o Blog do Kenard http://robertokenard.blog.uol.com.br/

FONTE:
BRASIL, Assis. A poesia maranhense no século XX. Rio de Janeiro/São Luiz-MA: Imago/SIOGE, 1994.
COUTINHO, Afrânio; SOUSA, J. Galante de. Enciclopédia de literatura brasileira. São Paulo: Global; Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, Academia Brasileira de Letras, 2001

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terça-feira, fevereiro 03, 2009

DICAS TATARITARITATÁ!!!



A ORALIDADE DE CHICO PEDROSA

Alberto Oliveira

Cavaleiro das loas encantadas
Verso fácil brotando em sua mente
Rica rima saindo de repente
Navegante da vida e das jornadas
Oração com palavras bem cuidadas
Matutando o assunto pra canção
Menestrel cantador do meu sertão
Com poemas pra noite e para o dia
Velho Chico é a própria poesia
É profunda raiz de nosso chão.

PROJETO CORDEL NO MEIO DO MUNDO – Dia 06, às 15 horas, na FUNDARPE, Rua da Aurora, 463/469 - Boa Vista - Recife. CEP: 50050-000. Lançamento do Projeto Cordel no Meio do Mundo. O primeiro prestará uma justa homenagem a Chico Pedrosa.

ARRIETE VILELA – A escritora alagoana Arriete Vilela estará ministrando durante todo primeiro semestre de 2009, o curso Quem lê um conto alimenta um sonho. Informações: arrietevilela@yahoo.com.br Aproveite e veja a entrevista que Arriete Vilela concedeu pro Guia de Poesia.

PONTE DE VERSOS: leitura de poemas de CYANA LEAHY-DIOS e VANISA MORET SANTOS Segunda-feira, 16/02/2009 das 20h30 às 23h30 Livraria da DaConde Rua Conde de Bernadotte, 26 lj. 125 Leblon | Rio de Janeiro | RJ Traga seu poema para a sobremesa. Cyana Leahy-Dios escreve (16 livros de poesia, prosa literária e acadêmica publicados, com prêmios no Brasil e no exterior), pesquisa (Escritoras Invisíveis; Educação Literária), estuda (Piano, ENM/UB; Letras, UFF; Mestrado em Educação, UFF; Estudos Doutorais em Literatura Brasileira, USP; PhD em Educação Literária, Universidade de Londres), dialoga (professora da UFF, palestrante convidada para congressos e eventos acadêmico-literários no Brasil e no exterior), traduz (livros, capítulos e artigos publicados dentro e fora do Brasil). Juliana Hollanda, 30 anos, faz versos como filmes de arte. Fragmento sentimentos em frames – pedaços, sentimentos, cheiros, sabores. Gosta de qualquer bom perfume. Por isso, dá voz ao seu apelido escrevendo no blog: http://sousachet.blogspot.com. Jornalista e poeta, faz parte do grupo carioca de poesia Ratos di Versos. Lançou Acordei num iceberg (Ibis Libris) em2008. Thereza Christina Motta coordenadora. Veja a entrevista de Cyana Leahy no Guia de Poesia.

CONCURSO PARA ROTEIRO - O Concurso de Apoio ao Desenvolvimento de Roteiros Cinematográficos, Inéditos, de Longa-Metragem, do Gênero Ficção, da Secretaria do Audiovisual/MinC (SAv/MinC), premia com R$ 50 mil, dez propostas apresentadas por pessoas físicas. Pelo menos quatro dos selecionados deverão ser roteiristas estreantes, ou seja, que nunca tiveram um roteiro de longa metragem de ficção produzido e veiculado na televisão e/ou cinema, ou exibido em sessões públicas. Cada região brasileira poderá ter, no máximo, quatro projetos premiados e cada unidade da federação, até dois contemplados. As inscrições podem ser feitas até 16 de março. Edital e outras informações: www.cultura.gov.br/

MULHERES ESCRITORAS - Concurso Literário Internacional promovido pela HOJE EDIÇÕES. DATA LIMITE PARA INSCRIÇÕES: Até o dia 31 de MARÇO de 2009. Maiores informações pelo fone/fax (54) 3347-1422 ou pelo e-mail: editora@hojeedicoes.com.br ou no site www.hojeedicoes.com.br HOJE EDIÇÕES – Concurso Mulheres Escritoras Caixa Postal 19 – Cep 99260-000 – Casca-RS- BRASIL ou editora@hojeedicoes.com.br

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domingo, fevereiro 01, 2009

O TRÂMITE DA SOLIDÃO



Foto: Derinha Rocha

PRIMEIRA CANÇÃO

Luiz Alberto Machado

Minha vida
Em tantas páginas

Por vezes penso
Que todas as coisas fossem nada
E se desfizessem ao menor contato
O que surpreende
E atira fora
Sem mira
Sem razão
À toa

Sou eu

Eu escuto a memória das palavras
E excitam meu coração

É preciso ter algo a dizer
Nada mais que o amor
E só ele é suficiente
Para expressar o que há

Só o tempo exibirá a fonte
O meu corpo, a minha argamassa

Uma só palavra basta
Para que o poema valha a pena

Se alguém me procurar
Que seja amanhã
E não terei mais nada para dizer


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