sexta-feira, agosto 21, 2009

O TRÂMITE DA SOLIDÃO



Imagem: foto de Derinha Rocha.

SEXTA-FEIRA

Luiz Alberto Machado


Não fosse a tarde ter o mormaço da vida
Não teria eu tantos sentimentos nesta hora
Sentimentos de dor e compaixão

Não fosse o amor o termômetro desta vida
Não teria eu nada para te dizer agora
Vez que as palavras nos escondem

Só os ingênuos nos compreenderão
Somente os sonhadores nos cultuarão
A qualquer hora do entardecer

De longe a montanha ao sol-posto
De onde faz sombra esfriando o mormaço
Do meu coração

E eu um relês mortal carrego nos olhos
O monograma de Cristo
Pela noite no mar da solidão
na boca da noite

Todas as evidências levam a nada
Fui benzido de copas com a felicidade no descarte
O doce mel que se derrama em grande profusão

Fui açoitado pelo ronco da onça suçuarana
E por isso virei mundo no Rabicho da Geralda

Mandei boas novas e escrevi aos familiares
Como se esperasse ser louvado por virgens de vestais

Enterrei o trevo de paus na volta do cruzeiro
E ao vencedor um laço de fita no braço e uma salva de palmas
Quantas imagens nos falam labaredas?

Desde que me tive por gente que vivo a morrer de sede

Deixo aqui a minha emoção
E a este momento de fim
Deixo o meu adeus


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