sexta-feira, outubro 31, 2008

POEMAS DE TCHELLO D´BARROS



POEMETOS QUASE-ERÓTICOS
(Extraídos dos livros “Letramorfose” e “Vide Verso”)



vênus
nos
vê nus

.............................

amemos
a menos
que o amor
de vênus
seja menos
com
camisa-de-vênus

.................................

monumento
tu
nua
num
momento
sem
nem
um
movimento

..................................

nua vens
eu nas
nuvens

...................................

10
tua
nudez

..................................

à meia-noite
amei-a
à meia-luz

...................................

uma dama
em chama
me chama
pra cama

................................

há fogo
em teu
afago

................................

ateou-me
o teu fogo
meu fôlego
se foi logo

....................................

posso ir
te
possuir
?

.......................................

teu corpo
não se
comporta
mas me
comporta

......................................

seios
sei as
luas
nuas
suas
duas

........................................

sumi
semi
nu
numa
duna
duma
dona

.............................

nós
nus
:
um
+
um
=
hum!

.............................

era
hora
do
amor
ora
era
eros
ora
era
hera

.............................

indecente

tua
lava
me
lava
me
leva
me
love

incandescente

...................................

na
cama
a
calma
com
fusão
de
corpo
e
alma

....................................

como
tô carente
corro
tocar em teu
corpo

..............................

revelo
me
em
teu
relevo

............................

preciso
do
que
tens
de
precioso

............................

:
vampira
me
tara pira
me
tira para
me
expia inspira
me
aspira expira
!

........................

silencio
ao
te
ver
se lê cio
lascívia
ao
te
ver
lá se via

........................

ela violão
eu vilão
:
cello viola violão

..........................

fiu-fiu
belladonna
:
assoviar
e
chupar cona

..............................

o poeta
tinha o poema
na ponta da língua
e
na ponta da língua
tinha a musa
o poeta

.......................................

homem
são
elas
que
nos
comem

................................

o
cio
é
o
limite

............................................

POEMETOS QUASE-ROMANTICOS
(Extraídos dos livros “Letramorfose” e “Vide Verso”)



coração
ocupado
o cupido
o culpado

.................................

coração
:
nem dano
nem nada
no dono do
danado

...................................

castigo
não estar
contigo

..................................

senti
vazio
sem ti

...................................

amor
não
se
computa

...............................

objeto
mulher
objeto

................................

baste
ver-te
!!!
neste
susto
verte
luzes
deste
rosto

.............................

é
tu
ou
nada

.....................................

você
+
eu
=
vocêu

.................................

ela
:
meu
elo

..................................

partes de mim
se partem se
partes de mim

....................................

aporta
saudade
aperta
o peito
flechado
fechabre
a porta

...................................

dispara
meu
peito
que
ao
ver-te
diz: pára!

.................................

acaso
acasalamento
lamento

..................................

acaso
cedo
ou
tarde
cedo
e caso
em
suma
me
assuma
ou
suma

.............................

amor
ou
caso
acuso
o
acaso
cada
caso
é um
caos

.........................

a maria
quem
diria
que
um
dia
me
amaria

................................

a danada
da amada
uma dona
que me dana
uma dama
que me doma
nada muda
essa madame
me dá medo
se me ama

........................

culpa do
cupido
:
bem feito
é certo
que a seta
só acerta
quem aceita
essa seita
no centro
do peito

........................

a alma geme ao
ver
a alma gêmea

........................

ânsia
em
si
seu
cio
ensina
me
o
ciúme

........................

indecente
ainda sente
essa ninfa
essa peca
essa fada
inocente
e não sente

........................

há nela
meu
anelo

...........................

ela
:
é lá
meu
elã

.......................................

efetivamente
me
afeta
o
afeto
da
afetiva amante

..........................................

uma
mulher
madura
me nina

.........................

ecoa a dor
do lado
debaixo
do meu
coração

..............................

fiu
fiu
:
bem
te
vi

...............................

uma miss omissa
assume-se musa
mês-à-mês usa-me
mas amo essa moça
mesmo se isso
amacie meu siso
cicia o seu sim
assim me sacio

.....................................

POEMETOS QUASE-PENSAMENTAIS
(Extraídos dos livros “Letramorfose” e “Vide Verso”)



finito
fito
o
infinito

..........................

me dê cifra
ou
te devoro

.........................................

dome
o
medo
do
demo

..............................

peso
logo
existo

..............................

dize-me
:
diviniza-me
o dízimo
?

....................................

arara
a rara

..........................

obsoleto
tudo
que
eu
sabia
absoluto

................................

todos
nós
somos
hum
us

.............................

nem
sempre
as
coisas
são
comoção

............................

sempre essa
de
divagar
e
sem pressa

.............................

arte
?
deus
me
louvre
!

...........................

poética
intica
em
política
ética
é titica

.............................

vir tu ali dá de
10
na
virtualidade

........................

sou
anticonstitucionalissimamente


........................

do
poema
rimas
do
amor
rimos
da
vida
rumos

........................

moda
me dá
medo
mede
o meu
modo
muda
o meu
mundo

........................

belezas
à
beça
se
abrissem
as
cabeças
e
coubesse
que
a cobiça
se
acabasse

........................

prece
não tem
preço
ora
peça
à
beça

........................

muito mito
:
num minuto
ao limite
do infinito

........................................

meu cérebro
são dois
e mistérios
um ébrio
um sério

............................................

até
me
deu
um
choque
mas
pra
ser
bem
chique
tem
que
ter
bom
cheque

...............................

ter
ou
não
ter
eis
ambição

......................................

político
politicamente
mente

.....................................

Tio
Sam
nos
USA
???

.......................................

arde
uma temática
:
arte
é matemática
?

....................................

deleto
o
que
não
me
é
dileto

......................................

sou dado
à
paz

.....................................

medito
e
penso
com incenso
e
sem senso

...........................................

penso
logo
hesito

........................................

destino
:
atino
que
o
meu
é
desatino

............................................

IDEOGRAMAS OCIDENTAIS
(Extraídos dos livros “Letramorfose” e “Vide Verso”)



mais
luz
do
que
o
sol
do
meu
céu

o
som
do
seu
sim

.........................

eu
não
sei
o
que
deu
no
trem
que
se
foi
com
meu
bem
mas
veio
sem

.........................

por
fim
eu
de
ti

me
fui
mas
tu
de
mim
não

de
sair
mais

............................

ela
diz
que
ama
o
rio
e
diz
que
ama
o
mar
ela

não
diz
se
quer
ser
o
meu
par

.............................

me
dou
bem
com
meu
bem
se
ela
não
diz
não
mas
me
dou
mal
se
ela
diz
que
não
vai
dar
nem
à
pau

................................

quem
ama
mas
é

tem
em
seu
ser
uma
dor
que
mói
que
rói
que
dói
que


.............................

tu
em
mim
eu
em
ti
num
afã
que
num

nos
ata
e
num
imã
nos
une

...............................

mais
um
dia
mais
um
mês
mais
um
ano
e
mais
uma
vez
um
tum
tum
me
diz
que
te
amo

.........................

era
uma
vez
ela
+
eu
e
um
dois
três
e
deu
no
que
deu

...........................

no
bem
bom
com
meu
bem
dia
sim
dia
não
tem
vai
e
vem

.........................

a
flor
do
bem
me
quer
ou
mal
me
quer
me
diz
que
ela
me
ama
e


pro
que
der
e
vier

............................

eu
te
amo
ela
diz
a
ele
aos
seus
pés
mas
ele
diz
a
ela
ou

ou
10

.........................

tem
dia
que
tem
sol
tem
dia
que
tem
lua
tem
dia
que
ela
diz
não
tem
dia
que
vem
nua

............................

cor
de
mel
o
tom
de
tua
tez
e

me
faz
bem
te
ver
mais
uma
vez

.........................

sei
bem
que
tem
que
ver
pra
crer
mas
mais
que
me
ver
quem
me
quer
quer
me
ter

.........................

cor
não
tem
a
ver
com
dor
mas
com
luz
com
som
com
tom
com
dom

.........................

mal
bem
sei
que
não
tem
mas
um
hai
kai
me
diz
pra
ser
zen

.........................

em
meu
ir
e
vir
que
vai
do

até
a
luz

vi
paz
pés
PIS
pós
pus

.........................

mas
por
que
pra
uns
deus

mais
pra
uns
deus

ais
e
pra
uns
deus

aids
???

.........................

ah
meu
bom
deus
oh
meu
bom
pai
no
dia
em
que
eu
for

é
pro
céu
ou
pro
sul
que
se
vai
?
.........................

era
uma
vez
ser
ou
não
ser
mas

não
tem
a
ver
na
era
do
ter
ou
não
ter

.........................

tu
que
me
lês
não
me
vês
a
cor
da
tez
nem
o
som
da
voz
mas
um
não
sei
quê
nos
faz
ser
nós

.........................

não
vem
que
não
tem
mas
quem
mais
tem
mais
quer

não

quem
não
tem

.........................

não
sei
se
vai
ter
flor
no
dia
do
meu
fim
mas
sob
7
pás
de

ali
jaz
mim

..........................

a
lua
me

ao
léu
tão

no
fim
da
rua
e

pra
ver

no
céu
a
luz
do
sol
na
lua

...............................

o
que
se

tem
vez
que
tem
mais
cor
e
mais
som
do
que
o
que
se


.............................

no
eco
do
oco
em
mim
não

o
som
de
tua
voz
eu

a
sós
mas
o
eco
diz
nós
nós
n ó s

.................................

o
que
é
o
que
é
que
quem
tem
é
vip
mas
quem
não
tem
é
vil

............................

foi
deus
quem
me
deu
meu
eu
ou
foi
meu
eu
que
me
deu
meu
deus
?

.............................



o
que
tu
diz
e
o
que
tu
faz
pois
pra
ser
do
bem
não
se

o
que
não
se
tem

......................

pra
mim
um
drink
de
rum
ou
de
gim
vai
bem
ao
som
de
um
jazz
ou
de
um
blues

.........................

o
frio

do
chão
cor
de
breu
deu
à
luz
um

de
ipê
com
flor
cor
de
sol
.....................

no
sul
não
se
diz
ôxe
nem
ô
meu
rei
mas

se
diz
bah

tri
bom
tchê

...........................

é
dia
de
show
e
não
vai
ser
jazz
nem
rap
mas

que
é
rock
and
roll
é
pra

que
eu
vou

........................


que
se
ter
paz
no
que
se
diz
e

no
que
se
faz

TCHELLO D´BARROS - Tchello d´Barros é poeta, escritor, artista plástico e ator catarinense radicado em Alagoas, que começou a vida sendo premiado com desenhos, até realizar exposições no Brasil e no exterior, participa de antologias poéticas, publica livros, atua no teatro e milita nos mais diversos eventos culturais e artísticos, a exemplo de chegar a presidir a Sociedade Escritores de Blumenau. Foi incluído na antologia Poesia de Alagoas, editado pelas Edições Bagaço, 2007.

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